Criada na gestão do presidente Jair Bolsonaro, escolas atendiam ao modelo controlado pelas forças policiais, na tentativa de influenciar a formação de cidadãos com os mesmos valores ideológicos implantados nos quarteis; com o fim do programa, governo Lula vai incentivar escolas em tempo integral
O vice-governador e secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão (PT) comemorou nesta quarta-feira, 12, a extinção do Programa Nacional de Escolas Cívico Militares, criado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de encerrar o programa foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai investir nas escolas de tempo integral.
– Vamos melhorar a educação pública de qualidade, responsabilidade social e com equidade – afirmou Camarão.
Bolsonaro tinha como visão única na criação de escolas cívico-militares, geridas pelas forças policiais nos estados, a criação de gerações inteiras com ideologias ligadas aos quarteis; e permitia a transformação de qualquer escola pública em cívico-militar.
O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares, com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.
No total, existiam 216 escolas deste tipo em funcionamento no país.
– Corretamente o governo federal inverteu a lógica na educação. Acabou com incentivo às escolas cívico militares e retomou incentivou às escolas em tempo integral – destacou Camarão.