Ao assumir a pasta dos Povos Originários, indígena maranhense começou a aplicar ações de afirmação – algumas até óbvias, mas historicamente ignoradas – e começa a mudar o conceito das relações de raça no Brasil
Editorial
Dois fatos de importância histórica marcaram a presença da ministra dos Povos Originários Sônia Guajajara neste fim de semana no Maranhão.
Um indígena da etnia da ministra, agora Soldado Guajajara, recebeu neste sábado, 13, a boina rajada no 50° Batalhão de Infantaria de Selva, o 50Bis, em Imperatriz.
O outro fato histórico é a posse do primeiro coordenador indígena da Funai para a região que abrange o Maranhão, Pedro Paulo Xerente.
Nesse caso, chega até a ser óbvio que um representante dos povos originários assuma um órgão que trate das questões dos povos originários.
Mas “nunca antes neste país” isso havia acontecido.
Ações de afirmação e integração de raça, gênero, orientação e identidade sexual são geralmente práticas dos governos progressistas, chamados de esquerda; a direita acredita, ideologicamente, que todas estas questões se regulam automaticamente pela própria prática diária, incluindo a lei da oferta e da procura.
Sem entrar no mérito de quem está certo ou errado em seus conceitos, o blog Marco Aurélio d’Eça apenas reconhece a importância histórica de ter Sônia Guajajara à frente de um Ministério.
E também reconhece que casos como este – e outros – só poderiam ocorrer em um governo de esquerda.
É Simples assim…