Prefeita só pretende anunciar ano que vem o candidato à sua sucessão, o que deixa os postulantes da base amordaçados e dá espaço aos chamados paraquedistas, que historicamente se aproveitam do município
Um clima de angustiada espera tem atingido os principais aliados da prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo, que já é reeleita e precisará escolher um sucessor em 2024.
Já se movimentam como interessados em concorrer pelo grupo da prefeita o presidente da Câmara Municipal, Jorge Maru, e os secretários Walburg Neto (Infraestrutura) e Leno Ribeiro (Cultura).
Todos, porém, estão em compasso de espera.
Eleita vice-prefeita na chapa de Domingos Dutra, em 2016, Paula Azevedo assumiu dois anos depois, por conta da doença do comunista; e acabou vencendo o favorito Fred Campos em 2020.
Agora, a prefeita tem uma vantagem a mais na condução de sua sucessão. É que Campos está inelegível, ainda que possa recorrer às instâncias superiores da Justiça Eleitoral.
Mas Azevedo não tem aproveitado esta vantagem por que não definiu seu sucessor; e pelo que se comenta, deve escolher uma mulher e não os que já se puseram à disposição.
A indefinição dos nomes que irão disputar a prefeitura abre espaço para o surgimento de oportunistas; historicamente, Paço do Lumiar sofre com paraquedistas que tentam de última hora seduzir o eleitorado, sem sequer conhecer a cidade.
Fala-se, por exemplo, na candidatura do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), aliado de Paula Azevedo.
Além de Jerry, o suplente de deputado estadual no exercício do mandato, Pará Figueiredo (PL), já teria, inclusive, transferido o domicílio Eleitoral para Paço do Lumiar.
Mas esta é uma outra história…