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Núcleo familiar do governo Brandão é o que mais incomoda Dino

Ministro da Justiça não vê com bons olhos a presença ostensiva de parentes do governador em todas as pastas e a nomeação de outros em postos de poder no estado

 

Flávio Dino manteve-se o tempo inteiro distante de Brandão durante a passagem de Lula pelo Maranhão

O ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB) deram mostras claras neste fim de semana do distanciamento que estão vivendo; durante a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os dois nem sequer se cumprimentaram publicamente.

Mas para além das divergências políticas, uma outra questão tem incomodado Flávio Dino: a profusão de parentes do governador em cargos públicos, tanto no governo quanto fora dele.

Para os mais próximos, Dino diz que o nepotismo estabelecido por Brandão não encontra precedente nem mesmo nos períodos mais fisiológicos da política maranhense.

Além dos cargos mais vistosos, no Executivo, no Legislativo e em setores do Judiciário, Brandão montou um núcleo familiar em cada secretaria.

Para Dino, a presença dos familiares do governador em postos estratégicos pode trazer dores de cabeça para Brandão no futuro.

Por isso o ministro prefere acompanhar à distância…

 

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. Nada disso, Deça! Como vc mesmo já escreveu, a dor de cotovelo de Dino é pq Brandão não contemplou seus pedidos, vide secretário de segurança e direção da EMAP, dentre outros. Dino está simplesmente sofrendo com abstinência do poder executivo estadual maranhense.

  2. O secretário de Planejamento é Vinícius Ferro, marido da sobrinha do Brandão, genro, portanto, do ex-prefeito de Colinas Zé Henrique Brandão, irmão de Brandão. Vinícius foi uma imposição do sogro para fazer valer a vontade da filha. Antes Vinícius era o adjunto da Saúde, mas quem mandava de fato.

    Italo Augusto, genro de Marcus Brandão, irmão do governador, é o adjunto da SINFRA. É com ele que prefeitos conversam, é ele quem cuida de recursos de emendas, é ele quem libera dinheiro pra obras, tudo. O Aparício manda bem pouco por lá.

    Pra Secretaria de Saúde eles mandaram a Liliane Carvalho, ex-secretária de Saúde de Colinas. Liliane é pessoa da mais absoluta confiança dos Brandão. A adjunta era pra ser Audreia Brandão, esposa do Marcus, mas aí eles tiveram lá um surto de sensatez e decidiram botar a mulher de confiança deles. É Liliane quem manda lá, sob o olhar atendo e vigilante da Audreia.

    Além de Daniel Brandão, que foi para o Tribunal de Contas aos 36 anos de idade, mandado pelo tio (lembra dos 340 mil pra cada deputado poucos dias antes da votação na Assembleia que mandou Daniel pro TCE? Pois é.), outro sobrinho de Brandão, o Orleans Brandão, foi para a recém criada Secretaria de Assuntos Municipalistas. A pasta na verdade servirá só pra turbinar o nome do filho de Marcus Brandão para 2026, quando pretende ser deputado federal.

    Marcus Brandão, aliás, o irmão do governador, foi ser diretor institucional da Assembleia Legislativa, num feito jamais visto na história política do Maranhão. Já imaginou se Roseana tivesse mandado Fernando pra ser diretor da ALEMA? Isso seria um escândalo! É Marcus quem manda lá. Todos os cargos passam por ele e a esposa que, mesmo sem cargo algum, despacha lá junto com ele. Ai de Iracema se fizer qualquer coisa sem consultá-lo.

    E não pára por aí. Jaqueline Helluy, jornalista competente, hoje é diretora de comunicação da ALEMA. É servidora de carreira da casa, mas o cargo de diretora – merecido – não é por ela ser servidora da casa, mas sim porque tem vínculo familiar com os Brandão. Sua filha é casada com Orleans Brandão, o secretário de Assuntos Municipalistas, filho do Marcus. Foi Orleans quem botou o pai na parede e exigiu que a sogra fosse a titular da comunicação da ALEMA. Mas pobre Jaqueline. Lá ela manda muito pouco, porque quem decide tudo é também Marcus e a esposa.

    Enfim.

  3. Aí é briga de cachorros bem grande meu caro!!!!!! E haja nepotismo desenfreado no governo Brandão!!!!!!

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