Além da própria “bancada pessoal” – formada por Rodrigo Lago, Carlos Lula, Júlio Mendonça e Leandro Belo – ministro da Justiça conseguiu arregimentar Ricardo Arruda, Cláudia Coutinho, Zé Inácio e Júnior Cascaria, que não são, necessariamente, absolutamente fechados com o seu projeto de poder
A postagem de uma imagem no perfil do deputado estadual Carlos Lula (PSB) chamou a atenção nesta quinta-feira, 23, pelo momento político em que foi divulgada; nela, aparecem além do próprio Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) e os deputados Rodrigo Lago e Júlio Mendonça (ambos do PCdoB), Cláudia Coutinho (PDT), Júnior Cascaria (Podemos), Ricardo Arruda (MDB), Zé Inácio (PT) e Leandro Bello (Podemos).
– Agradeço a receptividade do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, à bancada de deputados estaduais maranhenses – disse Carlos Lula, no Instagram.
A reunião dos oito deputados com Flávio Dino ocorreu exatamente um dia depois de blogs maranhenses mostrarem que o ministro poderá ter bancada ínfima na Assembleia caso ocorra, de fato, o rompimento com o governador Carlos Brandão (PSB). (Leia aqui)
Oito deputados representariam, hoje, menos de 1/3 do plenário da Assembleia Legislativa; e não se garante que todos os que estavam lá assumiriam o lado do ministro em caso de racha na base governista.
Em, postagem anterior à reunião com Flávio Dino, o próprio Lula publicou o que seria o motivo da viagem dos colegas a Brasília: eles são membros da Comissão de Obras e Educação da Assembleia, e estiveram em reunião no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No início desta semana, por exemplo, Rodrigo Lago ficou falando sozinho ao tentar evitar que a Assembleia Legislativa votasse projeto que acaba com a posse imediata do vice-presidente em caso de falta do presidente da Casa.
Perdeu por 40 votos a um, como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça no post “O que está por trás da mudança na formação da Mesa da Assembleia?!?”
A visita dos deputados estaduais a Dino pode não ter nada a ver com a política maranhense.
Mas soou claramente como uma acusação de golpe do ministro.
Esqueceu de incluir o Ckaudjo Cunha, o mais empolgado de todos.