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A arrogância elitista de Eduardo Nicolau…

Ao exibir-se em selfie na Passarela do Samba no Rio de Janeiro – após proibir as contratações nacionais das prefeituras para o carnaval no interior maranhense – procurador-geral de Justiça do Maranhão vende a imagem de que se acha acima do bem e do mal, que não precisa dar satisfações à população; e exibe a soberba dos mais indignos homens públicos

 

Nicolau exibindo-se do alto das arquibancadas da Sapucaí: testemunho de culturas outras que ele mesmo proibiu outros maranhense de conhecer

Editorial

Ex-secretário de Comunicação do Maranhão e ex-editor de Política do jornal O EstadoMaranhão, o saudoso jornalista Nilton Ornellas tinha uma frase basilar em sua vida: “perca tudo, só não perca a dignidade”.

O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau, quebrou o limite da dignidade ao se deixar fotografar em uma selfie em plena Marquês de Sapucaí, templo das escolas de samba do Rio de Janeiro, em plena sexta-feira de carnaval.

A foto – mais do que um homem feliz, exibindo as cores do carnaval – expõe o grau mais alto da prepotência e da arrogância de um homem público, que acha não precisar dar satisfações a ninguém em sua vida de garantias ilimitadas às custas do erário.

É claro que há outros maranhenses passando o carnaval no Rio de Janeiro, e têm todo o direito de fazê-lo; mas nenhum deles ficou marcado como Nicolau ficou nos últimos tempos exatamente por causa do carnaval.

Desde que chegou ao posto de chefe do Ministério Público, ainda no governo Flávio Dino (PSB), Eduardo Nicolau vem empreendendo uma verdadeira sanha persecutória às prefeituras maranhenses no período de Carnaval e de Festas Juninas.

Seu principal argumento é exatamente contra os gastos com atrações nacionais em desvalorização da cultura maranhenses.

Ora, o Nicolau que condena prefeituras por desfavorecer artistas locais é o mesmo que abandona o tradicional carnaval do seu estado para se esbaldar na folia carioca, testemunhando uma cultura que ele proibiu outros maranhenses de também conhecer.

O homem não perde a dignidade apenas quando em queda.

Há quem esteja, indignamente, no alto do poder…

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