Caso Schnneyder pode prejudicar permanência de secretário de Segurança no governo

Coronel Sílvio Leite teria assinado a transferência do oficial, de Timon para Balsas, sem o conhecimento do governador Carlos Brandão, numa atuação política fora dos padrões da PMMA e que gerou um escândalo estadual, constrangendo o governo, que foi obrigado a voltar atrás

Coronel Schnneyder apoiou Carlos Brandão, que foi surpreendido pela sua transferência de Timon para Balsas

A transferência intempestiva do coronel PM Hormann Schnneyder (MDB), do município de Timon para a longínqua Balsas, pode ter sido um tiro no pé do secretário de Segurança Pública coronel Sílvio Leite, responsável pela remoção.

A transferência repercutiu negativamente no governo Carlos Brandão, desde a última quarta-feira, 15, e levou a uma mobilização política que resultou no cancelamento da transferência.

O fato é mais grave por que mancha a imagem de abertura e diálogo que o Palácio dos Leões vem construindo na gestão brandonista.

De acordo com o blog do jornalista John Cutrim, o governador Carlos Brandão revelou à deputada federal Roseana Sarney (MDB) – aliada política de Schnneyder e responsável pelo pedido de anulação da transferência – que não tinha conhecimento da remoção do coronel PM.

Mas quem teria convencido o coronel Sílvio leite a determinar a transferência do oficial, principal líder da oposição em Timon e apontado como virtual prefeito nas eleições de 2024?

Politicamente, o maior interessado na saída do coronel Schnneyder de Timon é o líder do governo na  Assembleia Legislativa, deputado Rafael (PSB), também apontado como candidato a prefeito.

Até agora não há indícios da participação de Rafael no episódio, o que também seria um tiro no pé do parlamentar.

O único fato é que a movimentação política – aproveitando-se da ausência de Brandão – pode ser caracterizada como desobediência.

E tanto o secretário de Segurança quanto o líder do governo precisarão explicar-se ao governador…