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De como Edivaldo Júnior enterrou a própria carreira política

O fracasso nas eleições para o Governo do Estado – onde amargou um quarto lugar em São Luís, cidade em que havia sido prefeito apenas dois anos antes – foi construído pelo próprio ex-prefeito a partir de 2020, quando deu as costas para o seu partido político, o PDT, e ignorou todas as candidaturas do grupo que o havia levado ao poder na capital maranhense

 

Com carreira construída a partir de um grupo político, Edivaldo ignorou aliados após chegar ao poder, deu as costas para partidos que o abrigaram e hoje colhe os frutos do isolamento

Ensaio

O PSD praticamente convidou o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior a deixar o partido.

Com o anúncio público de que o atual prefeito Eduardo Braide será o candidato da legenda em São Luís, Holandinha é isolado dentro da legenda que o abrigou como candidato a governador e que ele pouco fez para fortalecê-la ao longo da campanha.

Mas o desquite público do PSD foi apenas a culminância de uma situação de isolamento construído pelo próprio ex-prefeito, a partir de 2020.

Naquela época, o então grupo de Edivaldo, liderado pelo hoje senador eleito Flávio Dino (PSB), lançou nada menos que cinco candidatos a prefeito: Duarte Júnior (PRB), Bira do Pindaré (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Neto Evangelista (União Brasil) e Dr. Yglésio (PROS); Edivaldo ignorou a todos como candidato.

Fez pior ainda: deu as costas para o PDT, que havia garantido sua eleição e reeleição de prefeito e apoiava a candidatura de Evangelista.

No segundo turno, com Duarte Júnior enfrentando Eduardo Braide, Holandinha viu apelos diários de Flávio Dino pelo seu apoio, mas preferiu fazer de conta que a eleição não existia; focou o fim da gestão na entrega de obras – algumas fake, como a do Anel Viário – na esperança de ser aclamado pela população.

Nas eleições de governador, Edivaldo tinha a opção de seguir o projeto de Flávio Dino ou retribuir o abrigo do PDT, apoiando o senador  Weverton Rocha; mas preferiu deixar o PDT e anunciou a própria candidatura ao governo.

Já na campanha, o projeto do ex-prefeito começou a fazer água, com a sua pouca vontade em fazer campanha e a relação de distanciamento com as lideranças do PSD, partido que decidiu apostar suas fichas em sua eleição.

Além de amargar apenas pouco mais de 2% dos votos, Edivaldo viu evaporar sua popularidade na capital maranhense, com um quarto lugar na disputa, e ainda forçou a não-reeleição dos deputados Edilázio Júnior e César Pires.

Agora convidado publicamente a deixar o PSD, sem grupo político, sem perspectivas partidárias e vendoa  populariade evaporar, o prefeito segue para o isolamento definitivo.

E pode mesmo ficar fora das eleições de 2024…

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