Documentos que fazem parte do processo em que familiares das vítimas pedem indenização mostram que a Robinson e sua concessionária no país alertaram a Ótica Veja – pelo menos um ano antes do acidente – sobre a manutenção exigida pelas autoridades como prevenção para quedas
Escondido em meio às 600 páginas que compõem o processo contra a proprietária do helicóptero Robinson R44, prefixo PPWVR, , que caiu no dia 1º de abril de 2018, em Rosário, matando quatro pessoas, há um detalhe que pode ser a chave do caso.
Trata-se de um comunicado da fabricante da aeronave e de sua concessionária no Brasil, alertando sobre a correta manutenção do aparelho.
Detalhe: o helicóptero, oficialmente pertence à Ótica Veja – mas sob suspeita de ter sócios ocultos – já havia sofrido pane.
A aeronave da Ótica Veja caiu no município de Rosário, matando o piloto Alfredo Oliveira Barbosa Neto, e os médicos Rodrigo Capobiongo Braga, Jonas Eloi da Luz e José Kléber Luz Araújo – que eram primos, naturais do Piauí.
A família das vítimas pedem indenização à Justiça, além do pagamento do seguro obrigatório neste tipo de aparelho; o processo se arrasta há quase cinco anos. e há suspeitas de tráfico de influência por parte de um dos donos ocultos da aeronave, membro do próprio Judiciário.
Não consta nos autos nenhum documento que sugira a realização da manutenção preventiva; pelo contrário, a Ótica Veja mantinha em seu quadro o piloto, mesmo com a licença para voo vencida.
O blog Marco Aurélio D’Eça teve acesso à íntegra do processo e vem, desde então, estudando cada detalhe, com auxílio de advogados. Uma série de posts tem sido publicada sobre o tema.
O objetivo é destrinchar todos os aspectos que envolvem o caso.
E entender por que a Justiça maranhense retarda o andamento do processo em suas sua varas.