Presidente tenta passar nas últimas horas do pleito a imagem de democrata que não conseguiu passar em quatro anos de mandato; o risco, além dele, são os bolsonaristas tio Roberto Jefferson e Carla Zambelli, que estarão circulando por aí até 5 de janeiro, quando o eleito toma posse
Não havia outra declaração a dar pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da pergunta feita pela jornalista Renata Lo Prete após o debate da Rede Globo.
– Quem tiver mais votos, leva… – disse ele, sobre o resultado das eleições.
É uma obviedade. É claro que quem tiver mais votos deve levar a eleição; e não se precisa da permissão de Bolsonaro para isso.
O presidente vem tentando construir nas últimas horas de campanha a imagem do democrata que nunca foi, de político pronto para acolher o resultado das urnas, o que não conseguiu – e nem teve interesse – em quatro anos de mandato.
O clima de divisão que Bolsonaro construiu nos quatro anos de mandato acirrou-se neste segundo turno; e o risco é a presença de gente como Roberto Jefferson e Carla Zambelli soltos por aí nos dois meses que separam o eleito da posse, em 5 de janeiro.
E é com essa gente que terá que se lidar após a eleição…