Sozinho na articulação da campanha de Lula no segundo turno das eleições presidenciais, senador eleito do Maranhão vê avanço do presidente em setores importantes da sociedade, como os evangélicos e as mulheres; e pode amargar uma redução drástica da diferença em favor do petista no segundo turno
Decidido a levantar, sozinho, os votos que entende serem suficiente paga garantir a vitória de Lula no segundo turno, o governador Flávio Dino (PSB) começa a expor uma preocupação: o avanço do apoio bolsonarista nos segmentos evangélicos e entre as mulheres.
O senador eleito não pretende dividir com nenhuma outra liderança os louros de uma eventual vitória de Lula – que ele espera superar a casa dos 2 milhões de votos no Maranhão – mas começa a enfrentar dificuldade com a blitz bolsonarista.
Nesta semana, Bolsonaro e sua mulher, Michele, participam de eventos em São Luís com evangélicos e com o eleitorado feminino; além disso, prefeitos de vários municípios já decidiram mobilizar as massas pelo voto em Bolsonaro no segundo turno.
Personalista, Flávio Dino não tem conseguido mobilizar nem mesmo os setores do governo Carlos Brandão (PSB), que tem forte presença de bolsonaristas entre os secretários e colaboradores.
Sem a presença de lideranças de peso na mobilização pró-Lula – como os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania), dos deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL), Cléber Verde (PRB), Juscelino Filho (União Brasil), André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Gil Cutrim (PRB), Pastor Gildenemyr (PL) e Hildo Rocha (MDB) – Dino vai ficando isolado, apenas com setores do PT e militantes do movimento estudantil.
E muitos aliados torcem, inclusive, por uma polarização que favoreça Bolsonaro.
O que frearia o ímpeto de hegemonia do senador comunista…