Político alçado ao poder pelas mãos de outras lideranças vem traindo todos os ex-aliados desde as eleições de 2020 – quando deu as costas para os vários candidatos do seu ex-grupo – ao mesmo tempo em que vai definhando nas pesquisas e perdendo espaço em São Luís; e já preocupa os líderes do PSD, partido que deu-lhe a legenda para concorrer ao Governo do Estado e para o qual pode virar as cotas depois de domingo
Análise da notícia
A postura agressiva e beligerante do ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD) no debate com o senador Weverton Rocha (PDT) foi vista com surpresa pela opinião pública, mas não surpreendeu quem acompanha os bastidores políticos.
A postura do ex-prefeito ganhou repercussão em todos os blogs e portais de política do Maranhão.
Edivaldo vem construindo um histórico de traição e ingratidão aos que lhe deram as mãos em sua ascensão ao poder, a partir de 2012; nas eleições municipais de 2020, por exemplo, deu as costas para todos os candidatos do seu grupo político e ignorou a disputa pela sua sucessão na Prefeitura de São Luís.
Edivaldo chegou ao poder não por enchente, mas pelas mãos de gente.
Deve suas duas eleições a um grupo de lideranças que foram às ruas em 2012 e em 2016, quando muitos davam sua derrota como anunciada; a maior parte deste grupo era liderado exatamente por Weverton Rocha (PDT) que agora ele ataca.
Foi assim em 2012 e em 2016, como já contou o blog Marco Aurélio d’Eça nos posts… “O fator Weverton Rocha nas eleições de São Luís”, também no post “Presidente do PDT ressalta prioridade na eleição de Edivaldo Júnior…” e no post “Roberto Rocha revela bastidores da eleição em São Luís…”
Edivaldo só segue um político no Maranhão: Flávio Dino; mas segue por medo, não por gratidão.
Esta submissão foi mostrada em diversos posts do blog Marco Aurélio d’Eça ao longo dos dois mandatos de Edivaldo; exemplos disto são os posts “A submissão de Holandinha a Flávio Dino…”, de 2014; “O dono do prefeito…”, de fevereiro de 2013; e “Holandinha tutelado…”, publicado em 2012, antes mesmo de ele assumir a prefeitura.
Pelo medo de Dino, é dado como certo o seu apoio em segundo turno a Brandão – ele próprio agredido pelo ex-prefeito no debate da Mirante.
O resultado da postura de Edivaldo é o seu crescente definhamento nas pesquisas de intenção de votos desde que deixou a prefeitura; sobretudo na capital maranhense, onde deve amargar uma humilhante disputa de terceiro e quarto lugares, o que sepultará de vez sua trajetória política.
Este isolamento foi apontado pelo blog Marco Aurélio d’Eça já em 2022, no post “Os desafios de Edivaldo em 2022…”
A postura de ingratidão do ex-prefeito já vem sendo sentida pelo próprio PSD, único partido que aceitou dar legenda a ele nestas eleições.
Nas suas investidas pelo interior, Edivaldo tem exigido distância dos candidatos proporcionais do partido; e nas andanças por São Luís não aceita que nenhuma outra liderança divida o carro aberto em que viaja nas ruas.
Por estas e outras, o PSD já o vê dando as costas para quem o acolheu a partir de domingo,2.
Este é o Edivaldo Júnior que se mostrou nas cores da TV Mirante.
Sem tirar nem pôr…