Abordados pela imprensa quando participavam de uma Plenária da Segurança em favor da candidatura do candidato do Palácio dos Leões, secretário de Segurança Sílvio Leite e delegado-geral da Polícia Civil Jair Paiva, tentaram enrolar sobre o crime, mas emudeceram quando perguntados sobre a participação de Daniel Itapary Brandão
Em plena campanha pela reeleição do governador Carlos Brandão (PSB), o secretário de Segurança Pública, coronel Sílvio Leite, e o delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva, foram abordados nesta segunda-feira, 26, pelo jornalista Jeisael Marx, quando participavam do evento “Plenária da Segurança com Brandão”.
Mas ambos se recusaram a falar sobre o assassinato do empresário João Bosco Sobrinho Pereira Oliveira.
– Está em sigilo – disse o delegado, ao responder por que não falou mais sobre o crime. (Veja o vídeo acima)
Em seguida, emudeceu completamente quando perguntado sobre a presença de Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador-tampão, na cena do crime, na mesma mesa com vítima e acusado.
O secretário de Segurança, coronel Sílvio Leite, também recusou-se a falar, e chegou a dizer que falaria caso o jornalista marcasse uma audiência com ele; mas recusou-se a marcar dia e horário naquele momento.
– Tem que ser formalmente – fugiu o coronel, em plena campanha de Brandão.
A presença do secretário de Segurança e do delegado-geral da Polícia Civil em um evento de campanha já é algo inusitado, uma vez tratar-se de um agente do estado, não de governo.
Mas o silêncio de Sílvio Leite e Jair Paiva sobre o crime envolvendo um sobrinho do governador e recursos da Seduc é ainda mais grave quando se sabe que asa duas nomeações foram indicação do próprio Daniel Brandão, segundo revelou o blog Marrapá.
O assassinado de João Bosco e a presença efetiva de Daniel Brandão na cena do crime tem sido abafado pela polícia e tratado com silêncio absoluto pela cúpula da Segurança Pública e pelo próprio governo.
Mas o silêncio do governador poderá ser quebrado na noite desta terça-feira, 27, durante o debate da TV Mirante.
Brandão terá, finalmente, que explicar por que mandou pagar uma fatura de R$ 778 mil de oito anos atrás e por que seu sobrinho estava na mesa da divisão desses recursos.
Só não responderá se fugir do debate…
Tá ficando insustentável inclusive para a cúpula da SSP. Brandão ou qualquer um homem público que tivesse verdadeiramente bem nas pesquisas, já teria renunciado ao cargo para concorrer sem suspeitas de “operação abafa” no Caso Tech Office. Ou teria demitido o seu sobrinho, Daniel Brandão, de secretário de Estado juntamente com o secretário da Seduc.
Do jeito que está, só denota que todos têm muita culpa no cartório e estão com medo da Federal já que os recursos originais do contrato que culminou com o assassinado do João Bosco são mesmos do Fundeb.