Governador-tampão passou sete anos e meio como vice de Flávio Dino e sabia que, fatalmente, assumiria o mandato; mesmo assim não fez o dever de casa, não estudou para o cargo e agora demonstra estar inapto para o comando do estado
Editorial
O básico de qualquer profissional é preparar-se para a função que almeja; quando ele tem certeza de que assumirá um posto de comando, esse preparo passa a ser obrigação.
O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) passou quase oito anos como vice de Flávio Dino e sabia que assumiria o governo mais cedo ou mais tarde.
Mas não se preparou para a função.
Esse despreparo ficou evidente nesta segunda-feira, 15, quando, em entrevista ao site imirante.com, meteu os pés pelas mãos e publicizou todo o preconceito coronelista contra os povos quilombolas.
Brandão estava à vontade em uma emissora-amiga; e não houve nem um tipo de malícia ou pretensão na pergunta do jornalista Linhares Junior sobre políticas públicas para os povos quilombolas; mesmo assim, o preposto de Flávio Dino (PSB) enrolou-se completamente evidenciando desconhecimento cultural, falta de entendimento sobre a miscigenação brasileira e completo vazio intelectual sobre as raças.
Agora imagine o mesmo governador-tampão em um debate com outros vários candidatos e pressionado pela necessidade de chegar à frente no primeiro turno da disputa pelo governo?
Bradnão é despreparado e isso já ficou evidente.
O risco é para onde esse despreparo levará o Maranhão…