Movidos pelo ressentimento dos oito anos de mandato do ex-governador, figuras como José Reinaldo Tavares, Luiz Fernando Silva, Sebastião Madeira e Rubens Pereira – que formam o núcleo duro do governo-tampão de Carlos Brandão – já não escondem mais de aliados o racha na base do Palácio dos Leões, que se espalha pela campanha e divide em dois o palanque governista
Já é claramente visível aos próprios aliados do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) a antipatia que o seu núcleo duro no Palácio dos Leões nutre pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) e o seu grupo político.
Nas conversas com prefeitos, deputados estaduais, vereadores e lideranças políticas, auxiliares de Brandão, como os secretários José Reinaldo Tavares, Luiz Fernando Silva, Sebastião Madeira e Rubens Pereira tratam Dino como um “comunista filho da puta…”
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça a antipatia que é fruto do ressentimento destas lideranças com o tratamento dado pelo comunista a todos eles e ao próprio Brandão, nos oito anos de governo.
E essa antipatia chega à base de deputados, que não se faz de rogada em reproduzir as mesmas opiniões e revelar as falas dos corredores do Palácio dos Leões, inclusive à imprensa.
Segundo contaram deputados estaduais, Luiz Fernando e Madeira, por exemplo, vêm tentando criar – ao lado dos irmãos de Brandão – uma agenda própria do governador, que se ressente do ônus de ser carregado pelo padrinho e ex-governador.
Flávio Dino, por sua vez, mantém um grupo de pelo menos 20 aliados no governo, com controle absoluto de alguns setores na reprodução do seu discurso pessoal e fortalecimento de sua campanha.
Além do secretário Ricardo Capelli (PSB), do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e do pré-candidato a vice-governador Felipe Camarão, esse grupo dinista tem ainda os candidatos Carlos Lula, Rubens Júnior, Clayton Noleto, Bira do Pindaré, Duarte Júnior e Marco Aurélio como figuras principais.
É esse pessoal que reproduz o pensamento do ex-governador dentro do governo e da campanha de Brandão, que ainda tenta se equilibrar entre os dois grupos.
O racha e a antipatia mútuas já gerou uma espécie de palanque duplo na campanha do tampão: um com o grupo de Flávio Dino, trabalhando unicamente pela sua candidatura a senador, e outra com os aliados de Brandão, que tentam manter suas chances de chegar ao segundo turno.
Mas esta é uma outra história…