Ao declarar que “trabalha todos os dias das seis da manhã até meia-noite” – mesmo afastado oficialmente e internado em São Paulo – governador-tampão Carlos Brandão tira a autoridade do governador em exercício Paulo Velten, legitimamente empossado em seu lugar por força da sua licença
Ensaio
Tratada apenas como exemplo de seu bom estado de saúde pela mídia alinhada ao Palácio dos Leões e por aliados políticos, a declaração do governador-tampão afastado Carlos Brandão (PSB) – de que, mesmo internado em São Paulo – trabalha “todos os dias, das seis da manhã até meia noite”, é um crime de usurpação de poder.
Ao afirmar tal coisa, Brandão revela ao mundo que o Maranhão tem dois governadores atuando ao mesmo tempo: ele e o desembargador Paulo Velten.
E um está usurpando o poder do outro.
Se Brandão, como ele próprio afirmou, reúne-se com secretários e trabalha “das seis da manhã até meia-noite”, está cometendo um crime, por que sua condição é de oficialmente afastado do mandato.
E se Paulo Velten aceita que aquele que ele está substituindo atue como se titular ainda fosse, também está cometendo crime de responsabilidade.
Se pediu licença à Assembleia Legislativa e recebeu, Carlos Brandão não pode despachar com secretários, assinar documentos e muito menos “trabalhar das seis da manhã até meia noite” a menos que reassuma o posto e assuma as responsabildiade pelo mandato.
E se assumiu o mandato de governador como segundo na linha de sucessão, Paulo Velten não pode – até como presidente de um poder que preserva as leis – deixar que outro usurpe o seu poder.
O atual governador do Maranhão é o presidente do Tribunal de Justiça; e é dele a responsabilidade de zelar, preservar, atuar e despachar os interesses do Maranhão e do seu povo, pelo menos até o dia que Braqndão reassumir oficialmente.
Ação de qualquer outro dentro deste círculo de atribuições é um crime contra o estado.
E deve ser responsabilizado com os rigores da lei.
Simples assim…