Operador financeiro da família do governador-tampão percorre o Maranhão com malas e malas – mesmo sem ter cargo no governo – fazendo todo tipo de negociação por apoio a Carlos Brandão, diante dos olhos complacentes do parquet comandado por Eduardo Nicolau
Está ficando cada vez mais acintosa a forma como o empresário Marcus Brandão, irmão do governador afastado Carlos Brandão (PSB), está negociando financeiramente apoios de lideranças no interior do estado.
A bordo de jatinhos e helicópteros – sabe-se lá se cedidos, alugados ou pagos com dinheiro público – o irmão mais novo do tampão carrega malas e malas pelo interior, sob os olhos complacentes do Ministério Público e da Procuradoria Eleitoral.
Marcus Brandão sempre foi o operador financeiro da família; e já negociava espaços no governo – mesmo sem ter cargo – antes mesmo da posse do irmão.
Agora, com a ameaça de Brandão ficar fora das eleições, o irmão mais novo resolveu jogar todas as cartas em busca de apoios.
E conta com a complacência do parquet comandado por Eduardo Nicolau…
Quem tem olhos politicamente infra vermelhos já viu a nítida possibilidade de o Brandão, por razões óbvias, ser apeado do segundo turno das eleições que se aproximam. Um candidato palaciano, em qualquer lugar, tem que apresentar potencial de crescimento, sob pena de ser atropelado. O fenômeno Lahesio Bonfim não pode ser subestimado por nenhuma platéia, uma vez que vem, a cada pesquisa, demonstrando, não só crescimento, como a real chance de chegar ao segundo turno e, em sendo assim, ameaça diretamente o Brandão que forçosa e acertadamente prioriza a sua saúde deixando sua campanha absolutamente nas mãos de pessoas sem cheiro, sabor ou odor políticos ou mesmo nas mãos de interlocutores totalmente desprovidos de habilidade para conquistar aliados. Com isso suas chances de lograr um segundo turno passa a ser tão pequena como a forma de Capeli se dirigir a alguns ex-aliados palacianos. Portanto, Lahesio Bonfim não está delirando ao dizer que irá para o segundo turno, pois já viu a chance de ultrapassar Brandão. E o que é pior: não se sabe se o governador volta logo e, se voltar, apresenta capacidade de enfrentar a campanha que cada dia se acirra.