Mentor, articulador e caixa-forte da família de Colinas, empresário Zé Henrique Brandão tenta se contrapor à tentativa do comunista de controlar a gestão e a campanha do tampão; e foi responsável pelos postos de Sebastião Madeira e Luiz Fernando Silva, espécie de blindagens contra Dino
Principal líder político da família, o empresário Zé Henrique Brandão tem sido o principal contraponto às tentativas do ex-governador Flávio Dino (PSB) de controlar a gestão e a campanha do irmão Carlos Brandão.
Bolsonarista empedernido, Zé Henrique critica a forçação de barra de Flávio Dino para transformar o tampão em lulista.
Para o empresário – que articula a política na família – Brandão está “empacotado à esquerda” por Flávio Dino, o que o leva a perder os votos do campo conservador sem conseguir alcançar o eleitorado mais progressista, em sua maioria com o senador Weverton Rocha (PDT).
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, embora não interfira na articulação política do governo e da campanha, Zé Henrique atua na blindagem direta do irmão governador contra as ações de Flávio Dino.
Foi ele, por exemplo, quem atuou para colocar em postos-chave do governo os ex-prefeitos Sebastião Madeira e Luiz Fernando Silva; espécies de anti-Dino, os dois controlam as finanças e os pagamentos, como responsáveis pelo Planejamento e Casa Civil, onde o ex-governador comunista queria atuar.
O problema de Zé Henrique é que o próprio Carlos Brandão – espécie de poste – só consegue se movimentar ao lado de Flávio Dino, o que o “empacota” ainda mais à esquerda.
O governador-tampão não consegue se desvencilhar do padrinho para fazer uma campanha própria.
Além disso, as operações financeiras do outro irmão, Marcus, dá o argumento necessário a Flávio Dino para manter a família do sucessor distante do governo.
Mas esta é uma outra história…
Acabo de retirar meu voto e meu apoio ao governador Carlos Brandão. Bolsonaristas, estou fora…Vão perder a eleição por falta de identidade com o povo.
Resp.: Mas ele sempre foi de direita, meu caro. Latifundiário, coronelista, artistocrata… Flávio Dino tenta transformá-lo em homem de esquerda, mas falta a identidade histórica necessária