Representantes de todos os candidatos não-alinhados ao Palácio dos Leões assinaram nesta segunda-feira, 2, documento em que se comprometem a seguir juntos, caso qualquer um deles enfrente o governador-tampão Carlos Brandão numa segunda rodada de votação em outubro
O cenário eleitoral da disputa pelo Governo do Estado e pelo Senado no Maranhão começa a ganhar ares cada vez mais difíceis para o Palácio dos Leões, para o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) e para o ex-governador Flávio Dino (PSB).
Pela primeira vez na história política do estado, um candidato a senador – Roberto Rocha (PTB) recebe apoio aberto de todos os candidatos a governador não alinhados ao Palácio dos Leões;.
E estes mesmos candidatos firmaram pacto de apoio a qualquer um que vier enfrentar Carlos Brandão em eventual segundo turno.
O pacto das oposições complica sobretudo a vida de Flávio Dino, que, fora do poder, não conseguiu ainda construir uma agenda popular como pré-candidato a senador.
Com a aliança oposicionista, Dino perde para Rocha, sobretudo, a capilaridade eleitoral necessária no interior.
Serão dezenas de prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, vice-prefeitos, segundas e terceiras forças em todos os 217 municípios pedindo votos contra o projeto de poder do Palácio dos Leões, representados pela dupla Dino/Brandão.
No palanque contra Dino e Brandão estarão lulistas, bolsonaristas, ciristas, esquerdistas, direitistas e até membros de partidos que estão no próprio governo, como PSDB, PT e PP.
A aliança oposicionista é um fato histórico por que mostra a insatisfação de toda uma classe política contra um projeto de poder construído à força e mantido pela pressão, opressão e pelo medo das estruturas do estado.
E tende a ganhar as ruas do Maranhão inteiro, da forma como já ocorreu na história recente, em 2006 e 2014.
Mas esta é uma outra história…