Pouco mais de um ano depois de assumir e atingir picos altíssimos de popularidade durante a campanha de vacinação contra a pandemia de coronavírus, prefeito de São Luís enfrenta enormes dificuldades na Câmara Municipal, perdeu o comando do próprio partido e ainda enfrenta uma greve interminável no transporte público; e agora precisa se recompor para voltar a ter importância eleitoral
Análise da notícia
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (agora sem partido), vive o pior momento de sua respeitável carreira política.
Sem articulação política, sem poder de comunicação e sem base partidária sólida, Braide viu escorrer pelas mãos a eleição de um aliado à presidência da Câmara Municipal; além disso, perdeu o controle do Podemos, partido que comandava praticamente sozinho no Maranhão.
E enfrenta uma greve sem precedentes na história do transporte público de São Luís.
Eleito em 2020 com importante votação – após quatro anos de espera da população que já apostava nele desde 2016 – o prefeito tornou-se no intervalo entre os dois pleitos importante liderança política estadual, a ponto de ser cotado, inclusive, para disputar o Governo do Estado em 2018.
Mas o seu primeiro ano à frente da prefeitura indica uma forte dificuldade na articulação política e nenhum poder de relação na mídia, o que dificulta a construção de uma agenda positiva.
Bombardeado em várias frentes, sobretudo pelo vice-governador Carlos Brandão (PSB), que tem um projeto de poder que não o contempla, Braide sabe que precisa se recompor politicamente antes mesmo da eleição de governador.
Ele tem caminhos para isso.
É preciso, acima de tudo, construir um grupo experiente na condução do mandato, na articulação midiática e, sobretudo, na relação com a classe política, construindo uma base de apoio que chegue não apenas à Câmara, mas às bancadas estadual e federal.
Só assim, chegará ao ano pré-eleitoral de 2023 em condições de concorrer com chances à reeleição.