Na verdade, governador comunosocialista apenas se fundiu ao grupo do ex-presidente, de quem precisa da mídia, do apoio político em 2022 e até do prestígio para chegar à Academia Maranhense de Letras
Em mais uma daquelas suas entrevistas montadas, o governador Flávio Dino (PSB) mentiu mais uma vez sobre sua relação com o grupo do ex-presidente José Sarney (MDB).
Curiosamente, a entrevista do fim de semana se deu dias após uma outra, em que o governador disse não haver mais animosidade com o grupo Sarney.
A mudança de tom tem explicação: pesquisas qualitativas apontam para desgaste público na relação com o grupo do ex-presidente da República.
Mas Flávio dino não apenas reconhece como precisa do grupo Sarney, mais do que nunca.
Fracassado em sua principal missão assumida em palanque de posse, em 2015 – tirar os municípios maranhenses do mapa da miséria – Dino, na verdade, apenas precisou se fundir ao grupo Sarney para dar sobrevida histórica à suja trajetória política.
O governador precisa da poderosa mídia do grupo para criar uma imagem melhor do seu governo no Maranhão; e a usa com intensidade.
O governador precisa do poder político do grupo para dar volume à campanha do seu vice-governador Carlos Brandão (PSDB), tendo, inclusive, o neto do ex-presidente em seu palanque.
O governador precisou de José Sarney até para chegar à Academia Maranhense de Letras, onde entrou após praticamente comprar a vaga que pertencia ao próprio pai.
A família Sarney deixou a política por decisão própria, após as eleições de 2018, não por vontade de Flávio Dino; e retoma agora com a força da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que lidera as pesquisas para o governo e deve ser a mais votada deputada federal do Maranhão.
Flávio Dino, portanto, além de mentiroso, mostra-se ingrato com o grupo Sarney, que tem dado sobrevida à sua trajetória política.