vice-governador terá que dividir a gestão com a condição de candidato – apenas três meses depois de assumir o mandato deixado por Flávio Dino – o que restringirá suas ações, sob pena de perder o mandato e o registro eleitoral
Prestes a assumir o mandato do governador Flávio Dino (PSB), o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) terá apenas 90 dias para viabilizar seu nome – hoje ainda disputando o terceiro e quarto lugares – antes de entrar definitivamente na campanha.
Na prática, o seu mandato de governador-tampão será de apenas 90 dias; este é o tempo – entre abril e julho, antes das convenções – que ele estará liberado para execução de obras, convênios e serviços
A partir de julho, Brandão terá que dividir o posto de governador com a condição de candidato à reeleição, o que restringe drasticamente suas ações.
É com este prazo curto que ele terá que reorganizar a casa, montar equipe de peso, articular apoios e alianças e ainda tocar obras e serviços, tendo o senador Weverton Rocha (PDT) bem á frente nas pesquisas.
Aos aliados, o vice-governador tem usado o exemplo do seu padrinho político, José Reinaldo Tavares, para dizer que pode fazer muito como governador e vencer a eleição.
Não pode.
De fato, José Reinaldo usou e abusou da máquina para vencer Jackson Lago (PDT), em 2002; mesmo assim, só conseguiu a vitória por que a Justiça Eleitoral anulou os votos de Ricardo Murad e Roberto Rocha desistiu da candidatura.
Na época de Tavares – diferente de hoje – não havia rigor na fiscalização de atos de candidatos, os convênios eram liberados no balde e os órgãos de controle eram ainda incipientes.
Brandão, agora, vai enfrentar uma imprensa mais livre, novos canais de comunicação e de denúncias e um adversário – senador Weverton Rocha (PDT) – com forte articulação nacional e com acesso aos canais de denúncias na Justiça Eleitoral.
Não será fácil, portanto, a vida eleitoral do futuro governador-tampão…