Mesmo após anunciar o vice-governador como sua “escolha pessoal”, governador não conseguiu a adesão de nenhum partido ou liderança; e ainda convive na base com as candidaturas do secretário Simplício Araújo e do senador Weverton Rocha, o que leva a uma pressão por adiamento da definição para 31 de março
O governador Flávio Dino (PSB) inicia a última semana antes da decisão final sobre sua “escolha pessoal” pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) sem nenhuma garantia de apoios na base do governo.
Tanto o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) quanto o senador Weverton Rocha (PDT) reafirmam sua disposição de concorrer ao governo, o que esvazia a candidatura do vice-governador, que não conseguiu uma única adesão desde o anúncio de Dino, ainda em novembro.
Simplício controla o Solidariedade; Weverton é presidente do PDT e já tem o apoio de DEM, PP, PSL, PRB, Rede e parte do Cidadania, cuja maior liderança no estado é a senadora Eliziane Gama, aliada de Rocha.
As duas pré-candidaturas deixam Brandão apenas com seu próprio PSDB, o PSB e o PCdoB, controlados por Dino, e uma parte do PT, também dividido com a candidatura de Weverton.
Desde a declaração de Flávio Dino, Brandão esperava uma adesão em massa de lideranças políticas; frustrados, seus agentes tentaram constranger algumas dessas lideranças, como a própria Eliziane Gama, o presidente da Assembleia Othelino Neto (PCdoB) e os deputados federais Pedro Lucas Fernandes (ainda no PTB) e André Fufuca (PP).
Sem conseguir convencer as lideranças, nem mesmo na marra, pelo apoio a Brandão – e necessitando do apoio da base para sua própria candidatura ao Senado – Flávio Dino já estuda a sugestão de deixar tudo como está e só definir seu apoio no dia 31 de março, quando deixa o governo para Brandão.
A partir daí, caberá ao próprio Brandão decidir o que faz por apoio.
Ou com a falta dele…