A ameaça das chuvas no interior do Maranhão e o aumento dos casos de gripe e de CoVID-19 têm levado o governador a uma reflexão sobre os riscos de provocar um racha em seu grupo político no momento em que precisa da unidade de todos, incluindo bancadas federal, estadual, prefeitos e dirigentes partidários
Se depender dos principais auxiliares e aliados do governador Flávio Dino (PSB), a decisão sobre o candidato às eleições de outubro deve ficar para além do dia 31 de janeiro, dia em que está marcada uma reunião de toda a base governista.
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, auxiliares como o secretário de Cidades, Márcio Jerry – e aliados como a senadora Eliziane Gama (Cidadania) e o presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB) entendem que o momento é de unidade pelo Maranhão e não de forçar posições que possam levar a um racha.
A ameaça das chuvas no interior maranhense e o aumento considerável dos casos de CoVId-19 em todo o estado têm levado senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e dirigentes partidários a uma força-tarefa informal em favor de desabrigados e contaminados.
Três candidatos ainda se movimentam na base dinista com interesse no Governo do Estado: o senador Weverton Rocha (PDT), o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araú8jo (Solidariedade); todos eles atuam direta ou indiretamente no auxílio às vítimas da gripe, da CoVID-19 e das enchentes.
Na semana passada, por exemplo, o senador Weverton e seu grupo estiveram pessoalmente em vários municípios, levando auxílio e apoio material aos desabrigados; Weverton foi obrigado a interromper suas ações por ter testado positivo para a CoVID-19.
Mas o grupo do senador mantém-se mobilizado, a exemplo do presidente da Famem, Erlânio Xavier, que articula prefeitos e empresários na busca por alimentos e roupas aos desabrigados pelas chuvas.
Weverton mantém o apoio de sete partidos – PDT, DEM, PP, PSL, PRB, Cidadania e Rede Sustentabilidade – todos mobilizados em favor dos maranhenses em situação de risco.
Simplício Araújo também mobiliza seus contatos em favor dos desabrigados e dos contaminados, em busca de doações que possam levar esperanças ao interior.
Diante desta mobilização da classe política, os auxiliares mais próximos de Flávio Dino – ele próprio se recuperando da CoVId-19 – orientam para que a decisão sobre a escolha do candidato a governador se dê apenas em março, às vésperas de o governador deixar o cargo.
Apenas o próprio vice-governador Carlos Brandão – e seus aliados – ainda forçam, a barra pela escolha imediata.
Custe o que custar…