Prefeito de Santa Rita vai propor nova discussão do VLT ligando a Ilha de São Luís ao continente

Sabedor que Eduardo Braide é um defensor desse projeto, Dr Hilton Gonçalo vai propor um encontro ainda com os prefeitos de Bacabeira, Fernanda Gonçalo e de Rosário, Calvet Filho, para que juntos possam discutir e fazer com que esse projeto saia do papel

 

Os moradores de São Luís, Bacabeira, Rosário e Santa Rita podem ganhar uma nova opção de transporte público, desafogando o trânsito intenso da BR-135. Pelo menos essa é a proposta do prefeito Dr Hilton Gonçalo, que deseja debater o uso do VLT, que foi adquirido pela Prefeitura de São Luís em 2012 e desde então está guardado em um galpão no Tirirical consumindo mais de R$400 mil por mês, simplesmente para ficar parado.

Não é a primeira vez que Dr Hilton Gonçalo traz o tema para discussão. Em 2017, ele levantou essa possibilidade e na época Eduardo Braide então deputado estadual defendeu a proposta na Assembleia Legislativa. “Empreendimentos já anunciados para aquela região, pedem um transporte de massa eficiente, já que hoje há uma grande dificuldade no deslocamento da capital até a altura daquelas cidades pela BR-135.

Portanto, a partir de hoje, sou um defensor da proposta do prefeito de Santa Rita, já que será muito melhor ver o VLT nos trilhos do que em um galpão, sendo motivo de chacota em rede nacional, com dinheiro público gasto sem nenhuma utilização”, afirmou no dia 7 de fevereiro de 2017.

Sabedor que Eduardo Braide é um defensor desse projeto, Dr Hilton Gonçalo vai propor um encontro ainda com os prefeitos de Bacabeira, Fernanda Gonçalo e de Rosário, Calvet Filho, para que juntos possam discutir e fazer com que esse projeto saia do papel.

O projeto para instalação do VLT já existe e foi apresentado em uma reunião do CIM – Consórcio Intermunicipal Multimodal – na época participaram representantes da TransNordestina e Vale. 

O engenheiro Francisco Soares apresentou um esboço das paradas já existentes onde o VLT poderia passar. Sairia do Tirirical, passando por Aracanga (Maracanã), Piçarra (Pedrinhas) e Mandubé (Estiva), em São Luís. No continente a primeira parada seria em Rosário, onde já existe uma estação pronta e recém-recuperada pelo IPHAN. Logo em seguida três estações finalizariam o percurso – Recurso, Carema e Piruaba – todas em Santa Rita.

A atual linha férrea da TransNordestina não possui parada em Bacabeira, mas pode ser incluída duas estações, uma em Periz de Baixo e outra próxima a sede do município. 

Dr Hilton Gonçalo argumenta que que os atuais vagões do VLT teriam capacidade de atender 400 passageiros por hora, tempo estimado para fazer a ligação São Luís – Santa Rita. 

A linha férrea da TransNordestina passa no momento por uma reforma e seria o momento ideal para aproveitar a instalação do transporte ferroviário. Dr Hilton reconhece que as dimensões dos trilhos são diferentes da atual bitola dos vagões do VLT, mas isso pode ser resolvido com a troca do equipamento, o que não traria tanto custo, uma vez que na prática seria praticamente como “trocar os pneus de um carro”.

O prefeito de Santa Rita afirma que a instalação do VLT ligando a Ilha de São Luís ao continente é “uma obra de alcance social e desenvolvimento econômico muito grande. Pois além de atender a população em geral, o turista também seria beneficiado, uma vez que ao chegar no Aeroporto de São Luís, o visitante poderia parar no Maracanã e conhecer o Parque da Juçara e ir até a entrada da BR-402, que leva até o Parque dos Lençóis Maranhenses”.

Além de levar a proposta ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide, Dr Hilton Gonçalo quer trazer para o debate o Governo do Maranhão, a FIEMA, SEBRAE, Ministério Público e todas entidades interessadas em tirar do papel, esse projeto que beneficiaria milhares de maranhenses.

Marco Aurélio D'Eça