Candidato do PT ao Senado reage a Dino: “Não se pode submeter a política ao interesse de uma única pessoa”

Sociólogo Paulo Romão diz que o governador quer impor candidatura única ao Senado em 2022 e, por isso, convocou partidos aliados, em julho, na intenção de ser ungido com a carta-compromisso

 

Paulo Romão é cumprimentado por Felipe Camarão, o que lhe dá certeza de uma chapá pura do PT nas eleições de 2022

O sociólogo Paulo Romão pré-candidato ao Senado pelo PT, criticou fortemente o governador Flávio Dino (PSB) e sua intenção de ser candidato único a senador nas eleições de 2022.

– Não se pode submeter todas as movimentações políticas ao interesse de uma úncia pessoa – afirmou Romão, em grupos de Whatsapp.

Ao blog Marco Aurélio D’Eça, Romão revelou que vê na pré-candidatura do secretário Felipe Camarão ao governo uma forma de o PT ter uma chapa pura em 2022.

Para o petista, Flávio Dino criou o encontro de lideranças, em julho – quando divulgou a tal a carta-compromisso, que amordaça pré-candidatos a governador – na tentativa de ser ungido candidato único.

Militante histórico do PT, Romão reclama do isolamento do seu nome pela mídia e pelos institutos de pesquisa alinhados ao governo.

– Até agora, os institutos de pesquisa alinhados ao campo governista seguem ignorando a inclusão de nosso nome nas sondagens iniciais – acusa.

Ele diz que já acionou advogados para uma ação judicial que force os institutos a respeitar o debate políticos no âmbito dos partidos.

– Há um temor de que uma candidatura de um jovem como eu, negro e filiado ao PT possa romper os limites que os atuais donos do poder impuseram – acredita Romão.

Ele revelou que  houve uma resposta afirmativa do Instituto Escutec para inclusão do seu nome nas pesquisas, o que até agora no ocorreu.

– Este veto de não inclusão do meu nome nas pesquisas é estratégico para o quadro atual de pretensões e sobretudo para o Flávio Dino, que quer impor candidatura única em 2022 – afirmou.

Que Paulo Romão não seja mais um perseguido por contrariar a vontade do rei…

Marco Aurélio D'Eça