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Perdido, Flávio Dino repete 2020 e provoca o caos entre os aliados…

Ação policial contra Josimar de Maranhãozinho e lançamento da candidatura de Felipe Camarão são sinais evidentes de que o governador está completamente sem rumo para definir o candidato de sua base, que tem ainda Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Júnior e Simplício Araújo

 

Dino tomou posse em 2015 com o desafio de transformar as relações políticas no Maranhão; oito anos depois, se vê à beira de um retumbante fracasso também na seara política

O governador Flávio Dino (PSB) vai repetindo os erros de 2020 e mostra-se cada vez mais perdido em relação à escolha do candidato de sua base para as eleições de 2022.

Na mesma semana em que uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público expuseram as entranhas do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) – dias depois de ele declarar-se rompido com o governo – auxiliares diretos de Flávio Dino lançaram a candidatura do seu secretário de Educação, Felipe Camarão, pelo PT, o que provocou incômodos no vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

A exemplo do que provocou em 2020, Flávio Dino repete agora o mesmo erro estratégico, e divide a base em seis candidaturas: Carlos Brandão, Maranhãozinho, Felipe Camarão, o senador Weverton Rocha (PDT), o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) e o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD).

Inclui-se o nome de Edivaldo nesta lista por que ele próprio decidiu visitar Dino dias depois de ser apresentado como candidato a governador; e prometeu tê-lo como candidato ao Senado.

Em 2020, Flávio Dino praticamente expulsou o deputado estadual Duarte Júnior do PCdoB, inventou a candidatura do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), e estimulou as candidaturas de Bira do Pindaré (PSB) e de Neto Evangelista (DEM).

Duarte Júnior conseguiu ser candidato a prefeito pelo PRB e chegou ao segundo turno; e Flávio Dino resolveu colocá-lo debaixo do braço, depois de negar-lhe legenda, exigindo de todos os membros da base declaração de apoio ao deputado, num dos maiores fracassos políticos da história do Maranhão.

O resultado todo o Maranhão já conhece.

Não escaldado com o erro de 2020, Flávio Dino caminha para repeti-lo em 2022, estimulando uma série de candidaturas e gerando conflitos e animosidades entre os aliados. 

Faz isso pensando apenas no próprio projeto de eleger-se senador.

Mas se não tomar cuidado e corrigir os rumos perdidos nas eleições municipais, o governador corre o risco de transformar a animosidade já latente em uma verdadeira guerra fratricida, ampliando o caos que já se apresenta à sua frente

O resultado de 2022 pode rer o mesmo de 2020, com um candidato no segundo turno incapaz de reunir os cacos do que foi quebrado por Flávio Dino.

E o caminho, de uma forma ou de outra, será o fim precoce do dinismo no Maranhão.

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