Secretários Luiz Fernando Silva e José Reinaldo Tavares tratam o senador e seus aliados como insurgentes; e defendem não apenas a demissão dos pedetistas, mas de todos os que são ligados a outras lideranças alinhadas ao projeto “Maranhão Mais Feliz”
O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o ex-prefeito Luiz Fernando Silva (PSDB) – ambos auxiliares do governador Flávio Dino (PSB) – voltaram a fazer carga pelo que chamam de “expulsão” do senador Weverton Rocha (PDT) da base governista.
Tavares e Silva pregam a demissão em massa dos aliados de Weverton indicados ao governo Dino; e não apenas os aliados do senador, mas de todos os indicados por deputados federais, estaduais, senadores e prefeitos que se alinham ao projeto pedetista de disputar o governo em 2022.
A mídia alinhada ao Palácio dos Leões já vem citando como alvos, por exemplo, os indicados dos deputados federais Pedro Lucas Fernandes (PSL) e André Fufuca (PP), além do secretário de Segurança Jefferson Portela. (Saiba mais aqui e aqui)
Mas a sanha de perseguição ora defendida pelos aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) deve incluir também aliados da senadora Eliziane Gama (Cidadania), do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), e dos deputados federais Juscelino Filho (DEM) e Gil Cutrim (PDT).
O desejo de afastar Weverton Rocha da base de Flávio Dino vem sendo manifestada por José Reinaldo Tavares desde o início do ano, quando o ex-governador assumiu cargo na Emap.
Ele chegou a pregar o anúncio, na marra, do vice-governador como candidato da base, ainda em março, o que acabou causado mal estar entre os aliados. (Relembre aqui)
Mais discreto, Luiz Fernando Silva opera apenas nos bastidores, montado a estrutura do futuro governo Brandão.
Mas o pensamento do ex-prefeito de Ribamar é o mesmo de José Reinaldo: quanto mais cedo Brandão ocupar no governo os espaços de Weverton Rocha & Cia., mais chances ele terá de se viabilizar como candidato.
Por isso a pressão pela perseguição aos insurgentes…