Fortalecimento da oposição impõe unidade ao grupo de Dino

Bom desempenho da ex-governadora Roseana Sarney e do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior – e a articulação do senador Roberto Rocha e do prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim, acendeu sinal de alerta na base do governador

 

Edivaldo e Roseana somam juntos quase metade das intenções de votos para governador; e alcançam mais de 70% na capital maranhense

A decisão do governador Flávio Dino (PSB) de abrir diálogo com seu grupo político em busca de consenso em torno de um candidato único tem razão de ser.

As últimas pesquisas de intenção de votos mostram que a oposição tem, hoje, quase 3/4 das intenções de votos para governador – e pode criar uma chapa forte também para o Senado.

Só a governadora Roseana Sarney (MDB) registra 25% de intenção de votos.

Embora sinalize com a não-candidatura, ela tem influência direta no pleito, seja como apoiadora ou mesmo como candidata a senadora em uma chapa oposicionista.

Não bastasse a força oposicionista após oito anos de mando do grupo dinista, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, confirmou seu afastamento da base governista e anunciou filiação ao PSD.

Sozinho, Edivaldo registra quase 20% das intenções de voto; e pode ter em seu palanque, além do PSD, também o PTB, o que garante excelente tempo de propaganda.

Ainda no mês de abril, em conversa pessoal com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, o secretário de Cidades, Márcio Jerry – principal articulador do grupo de Flávio Dino – já havia demonstrado preocupação com a tendência de racha na base.

Jerry foi um dos principais atores para evitar o esfacelamento deste grupo ainda em 2020, quando o vice-governador Carlos Brandão pressionou pela “expulsão” dos que não apoiaram seu candidato a prefeito.

Dino conseguiu, mediante documento ainda não tornado público, garantir a unidade, pelo menos até novembro.

O problema é que aliados de peso de Brandão já pregam uma renúncia de Dino para que o vice assuma logo em 2021, em busca de viabilização da própria reeleição.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça