Comando do Legislativo decidiu acompanhar com mais atenção as ações da comissão, diante do flagrante interesse do presidente em favorecer seus aliados com geração de fatos contra adversários, o que pode resultar no fim da CPI dos Combustíveis
As flagrantes ações eleitoreiras do deputado estadual Duarte júnior (PRB) no comando da CPI dos Combustíveis chamaram a atenção do alto comando da Assembleia Legislativa e do próprio Governo do Estado.
As suspeitas é que Duarte esteja usando a CPI para favorecer seus aliados na disputa eleitoral de 2022, com geração de supostos fatos diários contra seus adversários.
A dúvida é saber se Duarte trabalha de acordo com os interesses do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ou do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).
Brandão apoiou a candidatura de Duarte Júnior em 2020, tentando forçar aliados da base do governo Flávio Dino a apoiar sua frustrada pretensão de ser prefeito de São Luís. Na época, Brandão tentou forçar os demais aliados do governo a fechar com Duarte, mas fracassou em seu intento.
O uso da CPI agora seria uma represália do parlamentar, com apoio do vice-governador.
Por outro lado, Duarte também foi apoiado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), que tem oferecido espaço no seu partido ao deputado estadual.
Josimar também é candidato a governador e atua também no ramo de postos de combustível, diretamente ou por intermédio de terceiros.
O comando da Assembleia já percebeu os rumos que a CPI está tomando – com os interesses políticos e eleitorais acima dos interesses públicos – e pode atuar para encerrar os trabalhos da comissão.
O que evitaria, também, o uso indevido da estrutura pública em interesse de pessoas ou de grupos.