Inseguro quanto às medidas que precisa tomar para conter o avanço da CoVID-19, governador Flávio Dino já decidiu suspender festas, cultos, missas, shows, reuniões, resenhas, rolês, batucadas, pagodes, forró, samba, raves e afins; mas quer dividir a culpa com os próprios representantes do setor
O governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu suspender todo tipo de evento cultural, religioso, esportivo ou meramente festivo no Maranhão – mesmo aqueles com até 150 pessoas.
Mas só vai dizer a partir de quando vale sua decisão após reunião com a classe empresarial, nesta terça-feria, 2.
As medidas mais duras de combate à CoVID-19 são cobradas por cientistas e profissionais da área de Saúde – inclusive o titular da pasta no maranhão, Carlos Eduardo Lula – mas Dino parece querer dividir o desgaste da decisão.
Ontem, ele tentou convencer prefeitos e membros do Judiciário, mas todos foram contra o lockdown.
Agora, quer chamar a classe empresarial para negociar uma forma de suspender os eventos sem prejuízo da atividade comercial, sabe-se lá como ele pretende fazer isso.
Sem os eventos culturais, a classe artística também sofre, sem local para apresentação e sem condições de garantir a sobrevivência.
Mas parece que, para o governo, a classe artística é a que menos importa neste processo.