Postos são cobiçados por secretários de estado e deputados estaduais, passam por aprovação na Assembléia Legislativa, mas podem ser usados como espécie de negociação política, com interesse direto nas eleições estaduais, envolvendo também o vice-governador Carlos Brandão
Embora tenha reafirmado peremptoriamente sua candidatura a governador do Maranhão logo que assumir o governo, em abril de 2022, o vice-governador Carlos Brandão (PRB) continua na lista de projetos para o Tribunal de Contas do Estado.
São três vagas abertas no TCE entre agosto de 2021 e janeiro de 2023, que podem ser usadas como espécie de negociação política envolvendo o processo eleitoral.
Para evitar ser incluído já agora na vaga de agosto, com a aposentadoria do conselheiro Nonato Lago – e ver seus índices ficarem ainda mais pífios – Brandão já tratou de lançar o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), como opção para esta primeira vaga., o que, na prática, tira do Palácio dos Leões o principal defensor do seu projeto governamental.
A outra vaga abre exatamente no início de 2023, com a aposentadoria de Edmar Cutrim.
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, essa vaga interessaria a Brandão, por que dava a ele a condição de ser governador por nove meses e, logo em seguida, ir para o TCE. sobretudo se não conseguir mesmo deslanchar nas pesquisas.
O acordo tiraria o vice da linha de sucessão de Flávio Dino (PCdoB) e o poria como comandante da eleição do candidato governista, com a garantia de ser indicado logo em seguida.
Mas há uma terceira vaga a ser aberta no TCE ainda em 2021 – ou, no mais tardar, em pleno processo eleitoral – o que pode forçar novas negociações, contemplando ainda mais o projeto eleitoral governamental de 2022.
Ainda segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, o conselheiro Caldas Furtado, sem clima na Corte de Contas, já teria pedido o cálculo de sua aposentadoria proporcional.
Mas esta é uma outra história…