A provável segunda onda de contaminação do coronavírus no estado gerou um debate político entre setores da mídia e o secretário Carlos Lula; mas basta calcular os dias de encubação do vírus para se ter ideia de quando esse crescimento se iniciou
Desde esta segunda-feira, 25, com a admissão pelo secretário de Saúde Carlos Lula de uma iminente segunda onda de contaminação por CoVID-19 no Maranhão, abriu-se um daqueles debates políticos que tendem mais a confundir que a explicar.
Lula atribui o rebote do coronavírus às festas de fim de ano; já a mídia, entende que tudo começou mais atrás, com as aglomerações durante a campanha eleitoral.
Mas pela lógica científica – usada pela própria mídia quando convém – é o secretário quem tem razão.
Ora, se o período de incubação do vírus no organismo humano é de cerca de 14 dias, e as eleições acabaram em 29 de novembro, os efeitos da segunda onda deveriam ser sentidos ainda em dezembro, antes mesmo das festas de fim de ano.
O recrudescimento da doença agora, depois de meados de janeiro, é a confirmação clara de que o vírus voltou a se espalhar mesmo durante as festas de fim de ano.
É simples assim…
A conta deve ser feita de forma diferente. os casos graves que precisam de internação duradoura e lotam o sistema.
O paciente vai para o hospital depois de 5 a 10 dias da contaminação e fica internada de 20 a 40 dias ou mesmo chega ao óbito depois de vários dias internada.
Logo, vai diminuindo a quantidade de vagas no sistema.
Então, temos uma janela de 20 a 60 dias e o calculo bate exatamente no período eleitoral de outubro e novembro. E sim, Dezembro também contribuiu.
Não se leva em consideração somente os dias de encubação. O sistema de saúde só lota porque o paciente fica vários dias internado. (Espero que tenha conseguido explicar).
Falou o infectologista. Já ouviste falar em subnotificacao? Em politica de interesses? Se o próprio cachorro do secretario e seus candidatos pegaram covid em plena campanha, entre outros, por que o vírus ia se incubar durante os comícios, passeatas, etc. e só se manifestar em “festas” de fim de ano onde todo o pais proibiu reveillon e quem se reuniu, já vinha se reunindo antes. É fácil culpar o povo. Fazer o diabo nas eleições, em que a campanha durou mais de mês, não contamina. Uma reunião ou encontro dia 24 e dia 31 sim. O vírus trabalha para o TSE? Nas eleições ele não se manifesta, é patriota? Lembrando que os primeiro casos foi bem depois do carnaval e ainda se sabe pouco do vírus e suas mutações.
Para ter uma segunda onda, precisa terminar a primeira.
Quando isso aconteceu, quando iniciou as campanhas?