Ao impor apoio centralizado de todos os auxiliares e aliados ao deputado do Republicanos, governador comunista tirou a imagem de independência e outsider que o candidato construiu e nem deu o volume necessário para superar o adversário Eduardo Braide
O apoio intempestivo do governador Flávio Dino (PCdoB) ao candidato do Republicanos Duarte Júnior pode entrar para a galeria histórica dos erros políticos maranhenses.
Com seu gesto apressado e impositivo – que levou auxiliares e aliados dependentes a fazer declaração em massa em favor do desafeto – Dino não apenas tirou de Duarte a imagem de independência, como também afastou alianças que poderiam dar maior volume de campanha no segundo turno.
Enquanto Eduardo Braide (Podemos) reúne em torno de si ex-candidatos de peso, como Neto Evangelista (DEM), Dr. Yglésio (PDT), Carlos Madeira (SDD) e Wellingtonn do Curso (PSDB) – além de partidos que vão do PDT ao MDB; do DEM ao PT, passando , inclusive, pelo PCdoB – Duarte restringe-se aos que são tutelados pelo próprio Dino.
Além do fracasso na articulação política, Flávio Dino atraiu para si os holofotes da imprensa nacional, que começou a questionar como um pretenso presidenciável não consegue, sequer, liderar a própria base em um projeto único.
O resultado é um Duarte totalmente amarrado aos interesses do Palácio dos Leões, sem poder de mobilização e dependente de gente que ele passou os últimos anos a humilhar e ridicularizar.
Assim como o blog Marco Aurélio D’Eça antecipou ainda no meses de setembro e outubro, Duarte se transformou, portanto, no adversário que Eduardo Braide sempre sonhou. (Entenda aqui e aqui)
Naquilo que pode se chamar de barbada…