Com 15 pontos percentuais à frente do candidato governista Duarte Júnior, deputado vê como trunfo a antipatia da base governista ao adversário e mostra maior poder de articulação de alianças que há quatro anos, solidificando seu projeto
Um dos mantras que se ouvia no primeiro turno das eleições de São Luís dava conta de que, indo ao segundo turno, o líder Eduardo Braide (Podemos) perderia para qualquer um dos candidatos da base do governo Flávio Dino (PCdoB).
Essa premissa é absolutamente falsa, por que calçada em paradigmas criados nas eleições de 2016, quando a chegada ao segundo turno foi surpresa para o próprio Braide.
Quatro anos depois, Braide volta ao segundo turno em condições absolutamente diferentes das de 2016 – e bem mais favoráveis – para consolidar a vitória nas urnas.
Para começar, o candidato do Podemos chega à frente do adversário, ao contrário de 2016 – e com nada menos que 15 pontos percentuais de vantagem, o que é considerável em um pleito acirrado.
Além disso, bem mais maduro, o deputado tem consciência, hoje, de que precisa buscar alianças para se consolidar, ainda que não necessariamente negociando espaços na gestão.
E ele já está atuando para buscar lideranças mais independentes – como o senador Weverton Rocha (PDT), os candidatos Neto Evangelista (DEM), Dr. Yglésio (PROS), Sílvio Antonio (PRTB) e Bira do Pindaré (PSB) – deixando apenas os fantoches de Flávio Dino na seara de Duarte Júnior.
Outra vantagem de Braide sobre o adversário é a antipatia que a classe política detém de Duarte Júnior, assunto já abordado por mais de uma vez no blog Marco Aurélio D’Eça. (Relembre aqui, aqui e aqui)
Não há nenhuma dúvida de que Eduardo Braide chega ao segundo turno de 2020 bem maior do que era no segundo turbo de 2016.
E isso é um grande passo para vencer a eleição…