Pseudos-empresários têm usado a proibição de eventos com música ao vivo para comprar “shows” de artistas e faturar alto com a venda de patrocínios, manipulando o próprio espectador do evento a fazer doações no lugar deles; Ministério Público suspeita de lavagem de dinheiro
A pandemia de coronavírus trouxe um novo momento para a classe artística brasileira, que se viu sem espaço de trabalho e teve que se reinventar para, ao menos, se manter vivo na memória do público.
Mas as lives, que surgiram de forma despretensiosa, acabaram virando um milionário negócio, não para os artistas mais para pseudo-empresários caça-níquel, resultando em tumultos como o que ocorreu recentemente em um parque da cidade.
O Ministério Público desconfia que a prática possa esconder, inclusive, a prática de lavagem de dinheiro.
O esquema funciona assim: o suposto empresário compra as lives dos artistas, pagando antecipado, e promete a ele toda a estrutura para o evento – desde o som, passando por equipamento de transmissão e filmagem.
A partir daí, o empresário passa a vender o show a patrocinadores de todos os tipos – de empresas a políticos; de prefeitos a candidatos, muitos dos quais utilizam-se da oportunidade para lavagem de dinheiro.
Em troca, o artista se compromete a criar o QR-Code e pedir doações aos espectadores, o que daria o ar de “solidário” à live.
Vários artistas foram procurados pro empresários com esta proposta, o que gerou uma rede de lives solidárias que de solidária só apresentaram o nome.
Mas os tumultos gerados nestes eventos chamaram a atenção do Ministério Público.
Que decidiu investigar o assunto…
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