Ao declarar ao jornal O EstadoMaranhão ser desrespeitoso antecipar a posição que o prefeito vai adotar, o candidato do PCdoB demonstra já saber qual será esta posição e reforça essa impressão ao fazer apologia das obras do pedetista em São Luís
O deputado federal e pré-candidato do PCdoB a prefeito de São Luís, Rubens Pereira Júnior, jogou ainda mais polêmica na aguardada decisão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) nas eleições de São Luís.
Em entrevista ao jornal O EstadoMaranhão, Pereira Júnior indicou não apenas já saber qual a posição do prefeito, como também revelou “ser desrespeitoso antecipá-la agora”.
– Seria muito desrespeitoso antecipar o que eu acho sobre a posição que o prefeito Edivaldo vai adotar – disse o candidato comunista, enaltecendo a gestão pedetista, criticada por ele nas eleições de 2016. (Veja a íntegra aqui)
Há meses, o blog Marco Aurélio D’Eça vem abordando o silêncio do prefeito Edivaldo Júnior em relação ao projeto de poder do seu partido, o PDT. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)
Reeleito pela força da militância pedetista em 2016 – em uma disputa que o próprio governo Flávio Dino já julgava perdida, como apontou este blog no post que mostrou o hoje senador Weverton Rocha como artífice de sua vitória – Edivaldo vem sendo assediado por Dino, que já ofereceu a ele, inclusive, a coordenação da campanha comunista.
Para tentar fugir à pressão da mídia diante do possível rompimento com o partido do senador, o prefeito mantém silêncio sobre a candidatura de Neto Evangelista, oficialmente apoiada pelo PDT.
Mas no Palácio dos Leões, os aliados de Flávio Dino já dão como certo o apoio do pedetista, no movimento que será a principal reviravolta das eleições e São Luís.
– É preciso dar o tempo para que, legitimamente, [Edivaldo] resolva qual vai ser seu posicionamento no pleito. Mas desejamos sim que ele continue apoiando o projeto do partido do governador Flávio Dino, o PCdoB – declarou Rubens Júnior.
Mas o tempo de Edivaldo, queira ele ou não passar ao largo do processo eleitoral, se encerra nas convenções.
Até lá, ele vai ter que dizer se honra o próprio partido ou a “dívida” de amizade com Dino…