Interrupção de mais de três meses nas articulações de rua e no debate pré-eleitoral favoreceu o deputado federal que lidera a corrida em São Luís; quatro adversários ainda tentam se credenciar para um eventual segundo turno
Passado o clima mais pesado da pandemia de coronavírus em São Luís a campanha eleitoral pela prefeitura começa a dar sinais de reaquecimento.
Mas o cenário mantém-se praticamente inalterado, com o deputado federal Eduardo Braide (Podemos) na mesma posição de favorito registrada antes da pandemia.
Ao que parece, o movimento dos pré-candidatos na pós-pandemia é para garantir a condição de adversário de Braide em um eventual segundo turno; neste aspecto, despontam três candidatos principais e um quarto, que pode ocupar o espaço dependendo do cenário.
O deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) já apareceu em segundo lugar nas intenções de votos, segundo pesquisas divulgadas no início do ano; e deve reunir estrutura partidária capaz de mantê-lo entre os favoritos.
O também deputado Neto Evangelista (DEM) terá tempo de TV e estrutura partidária, além da força da militância do PDT na capital maranhense, o que lhe garante força eleitoral.
Junta-se aos dois o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) que – embora apresente apenas traço nas pesquisas – tem a força do Palácio dos Leõe e a capacidade de atração de apoios, inclusive o do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que, se confirmado, como o blog Marco Aurélio D’Eça aponta desde 2019, será o gesto mais significativo do primeiro turno.
Além dos três principais candidatos da base do governo Flávio Dino (PCdoB), apenas o ex-juiz federal Carlos Madeira (Solidariedade) parece despontar no período pós-quarentena em condições de brigar por um eventual segundo turno.
Além do histórico de vida pessoal e profissional, Madeira demonstrou nos últimos dias capacidade de atrair apoios políticos e sociais de peso, incluindo aliados dos próprios adversários.
A campanha em São Luís registra, além destes cinco, pelo menos mais oito pré-candidatos.
Mas a maioria do pelotão de baixo ainda carece de conhecimento do grande público, se vê às voltas com fragilidade partidária, ou sequer tem chapa para postular a candidatura.
E sem a capilaridade pessoal e a estrutura necessária podem virar meros coadjuvantes e bobos da corte, fadados ao fracasso ainda na pré-campanha.
Ou mesmo servir de “laranja” para as “candidaturas principais” da base governista, interessadas na desconstrução do favorito.
O que, aliás, se tornou praxe nos últimos pleitos…
Não sei não, mais está difícil vencer o Braide. Se observarmos a história política de São Luís, observamos que ele vêm na mesma pegada do Jackson Lago e Edvaldo Holanda Júnior, os eleitores já observavam sem redes sociais, imagine agora. Ainda me considero indeciso, mais acompanho de perto o Braide.