Apesar de estar filiado ao partido que vai apoiar o democrata Neto Evangelista, prefeito de São Luís resiste a seguir o mesmo caminho por que sofre pressão do governo Flávio Dino pelo apoio ao comunista Rubens Pereira Júnior, num movimento que, caso concretizado, será a maior bomba da campanha eleitoral na capital maranhense
Mais uma vez o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT) ficou em silêncio quanto ao futuro eleitoral de seu partido nas eleições de outubro.
Desde segunda-feira, a imprensa e as redes sociais repercutem a declaração de apoio do presidente da Câmara, Osmar Filho, ao deputado estadual Neto Evangelista, consolidando a aliança PDT/DEM.
Osmar Filho falou, Evangelista falou; deputados e vereadores do PDT e do DEM também comentaram a aliança.
Mas Edivaldo permaneceu calado.
Absolutamente submisso ao projeto político-eleitoral do governador Flávio Dino, Holandinha não fala sobre o futuro do PDT por que o PCdoB de Dino tem um candidato, o deputado federal Rubens Pereira Júnior.
Aliás, o próprio Dino já disse que será Edivaldo o coordenador da campanha do seu candidato.
Caso Edivaldo consolide o alinhamento ao projeto dinista, seria uma virada de mesa histórica em relação ao senador Weverton Rocha (PDT), que arregaçou as mangas para garantir-lhe uma vitória que o próprio governador via como perdida em 2016. (Entenda aqui, aqui e aqui)
Mas ainda que seja visto como traidor pelo PDT, Edivaldo sonha com voos mais altos em 2022 em seu alinhamento a Dino.
Ele espera que sua obediência garanta uma indicação à chapa do vice-governador Carlos Brandão (PRB), o que o faria governador automático em abril de 2026, com direito à reeleição.
Candidato comunista, o próprio Rubens Júnior já tratou de incensar o prefeito, afirmando que ele elegerá o sucessor (?) e se tornará player forte em 2022. (Veja aqui)
De uma forma ou de outra, o silêncio de Holandinha em relação ao projeto eleitoral do seu partido é visto há muito com forte incômodo pelos pedetistas.
Sinal de que a relação parece estar chegando ao fim…