Prefeito de São Luís tenta há oito anos construir uma marca que fique na história de sua gestão, mas amarga, em plena pandemia de coronavírus, inédita operação da Polícia Federal em sua Secretaria de Saúde para colher provas de superfaturamento em produtos que deveriam ser usados, justamente, no combate à pandemia
Editorial
O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), está há oito anos no comando da capital maranhense tentando construir um legado para sua gestão.
Mas, já no final do mandato, acabou por ganhar um legado na corrupção, com a inédita invasão da Polícia Federal em sua Secretaria de Saúde, por fraudes em licitação e superfaturamento na compra de produtos para o combate à pandemia de coVID-19. (Entenda aqui, aqui e aqui)
Não que tenha sido a primeira suspeita sobre a gestão, marcada por denúncias graves em várias áreas; mas o fato de ocorrer exatamente no fim do mandato, torna a “Cobiça Fatal” quase fatal para o prefeito.
Se queria algo inédito para marcar a sua gestão, Holandinha agora tem a ação policial, nunca antes vista na história da Prefeitura de São Luís desde a retomada das eleições diretas, em 1985.
Fatos como os da terça-feria, 9, nunca haviam ocorrido nem na gestão de Gardênia Gonçalves (PDS), muito menos nas três de Jackson Lago (PDT), passando por Conceição Andrade (PSB), Tadeu Palácio (PDT) e João Castelo (PSDB). (Veja a história aqui)
Pior: a ação da Polícia Federal se deu exatamente no momento em que as ações de Saúde devem ser plena, para garantir o bem-estar da população assolada pela coVID-19.
Desde que assumiu, em 2013, Edivaldo Júnior tem gestão errática, marcada pela ausência de gestão, falta de um projeto consistente para mudar a cara da cidade e absoluta submissão às ações do Governo do Estado e do Governo Federal.
Mesmo assim, ele tenta construir seu legado, luta reconhecida inclusive no blog Marco Aurélio D’Eça.
Tentou com o Transporte e com o trânsito, tentou com limpeza urbana e coleta de lixo e agora tenta com o volume de obras no Centro Histórico, bancadas pelo Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Histórico (Iphan).
Mas justo no momento em que se prepara para entregar o bastão, o prefeito se vê às voltas com notícias de corrupção envolvendo um de seus principais auxiliares.
A compra superfaturada de máscaras contra a coVID-19 manchará a gestão de Edivaldo enquanto o coronavírus estiver circulando em São Luís.
E o desvio de R$ 2,3 milhões em apenas uma compra feita pela SEMUS será o tema também da campanha eleitoral pela sua sucessão.
Ficar em silêncio pode ter ajudado nos últimos oito anos, prefeito.
Mas não vai ajudá-lo agora, no fim do mandato…
Só no maranhão vendedor de fruta entende de foguete e base aérea.Na saúde é a mesma coisa!
Tá serto… 8 anos e uma operação… Ai vai ficar como legado… kkkkkkkkkkk… Só vc mesmo….
Sempre fez , era mais discreto, mas agirá em fim de mandato a ganância foi maior, no desespero dos seus comparsas deixou rastros