Juiz que decretou o bloqueio geral diz que a aplicação de sanções a quem sair às ruas sem justificativa comprovada é a saída para salvar a situação, mas ressalta que isso cabe apenas às forças de segurança do governo e das prefeituras
Apesar da insistente declaração de sucesso do governador Flávio Dino (PCdoB), o lockdown decretado judicialmente na Grande São Luís, mostra claros sinais de fracasso, diante da desobediência generalizada da população.
Para mudar o quadro e garantir o bloqueio geral, a saída seria a aplicação de multa aos desobedientes, como defende o próprio autor da medida, o juiz da Vara de Interessas Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins.
– Não vejo outro caminho – afirmou Martins, com exclusividade ao blog Marco Aurélio D’Eça.
O juiz ressalta, no entanto, que essa medida cabe apenas ao próprio Governo do Estado e à Prefeitura de São Luís, que dispõem das forças de segurança para aplicar as sanções a quem desobedecer o bloqueio.
Na quarta-feira, 6, o magistrado chegou a dizer, em entrevista ao blog do jornalista Diego Emir, que as multas seriam aplicadas a partir desta quinta-feria, 7, após dois dias de orientações.
Mas, ao que parece, se depender do governador Flávio Dino e dos prefeitos, essas multas não serão aplicadas, sobretudo pelo temor do desgaste político que elas trazem.
Além disso, para Flávio Dino – a despeito das imagens exibidas na imprensa nos três dias de bloqueio – “o lockdown é um sucesso”.
As avenidas desmentem com fatos o que o governador insiste em dizer nas redes sociais (imagem registradas às 13h desta quarta-feria, 7)
Dino insiste em não reconhecer que sem as medidas mais enérgicas não haverá redução na circulação de pessoas; e se recusa a radicalizar nas medidas contra os que desobedecem o bloqueio.
Pior: prefere dizer que nem existe desobediência.
As multas estão previstas na própria decisão de bloqueio proferida pelo juiz Douglas de Melo e estabelecidas também nos decretos que regulamentaram a medida, tanto o do governo quanto o das prefeituras da Grande São Luís.
Enquanto não forem usadas como coerção, a farra continuará grande nos bairros.
E o governador falando de sucesso nas redes sociais…
Concordo com a aplicação de multas mas, alguma necessidades são impossíveis de provar como ir ao supermercado, ao mecânico, a padaria, a feira, etc…
Diga a esse Juiz pra doar o salario dele e tentar viver com 600 reais do auxilio emergencial pra ver se ele consegue. O cara ja nao faz nada na vida pra ajudar ninguem, ainda quer atrapalhar a vida dos outros. Ele esta sem trabalhar ja faz é tempo, mais manda ele sair na rua e a policia parar ele pra tu ver uma coisa, ele sai logo dizendo que é juiz e nem vai justificar o que esta fazendo na rua, porque se acha muito importante, o intocavel.