Apesar de o próprio presidente ter admitido liberars as conversas, Advocacia Geral da União recorreu ao ministro do STF, Celso de Melo, alegando que a reunião tem “conversas potencialmente sensíveis e reservadas”
A Advocacia-Geral da União decidiu entrar nesta quinta-feira, 7, com um pedido de reconsideração ao ministro do Supremo Tribunal Federal , Celso de Melo, para evitar entregar os vídeos da reunião do dia 22 de abril, entre o presidente Jair Bolsonaro e seu então ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em seu depoimento à Polícia Federal, Moro afirmou que foi assediado por Bolsonaro pela troca da diretoria-geral da Polícia Federal, inclusive nesta reunião.
Na reunião, estavam vários outros ministros, também já chamados para depor.
Celso de Melo havia dado 72 horas para que o governo entregasse, sem corte, todo vídeo e áudio da reunião.
Bravateiro, o próprio Bolsonaro havia declarado que mandaria entregar os vídeos.
Nesta quarta-feira, no entanto, a AGU pediu a reconsideração, alegando que na reunião “foram tratados temas potencialmente sensíveis e reservados, inclusive de relações exteriores”.
A não entrega dos vídeos pode caracterizar obstrução de justiça…