Garantido candidato pelo PSDB, sob condições rígidas de servir ao projeto de Braide, deputado estadual percebeu que pode servir aos propósitos de qualquer outro candidato que possa salvá-lo do afogamento em dívidas
Na semana passada, a mídia anunciou que o senador Roberto Rocha havia autorizado o deputado estadual Wellington do Curso a ser candidato a prefeito de São Luís pelo PSDB.
Como sempre faz, o blog Marco Aurélio D’Eça não se conformou apenas com a notícia empacotada pelas assessorias e foi buscar nos bastidores as circunstâncias da aceitação de Rocha; e descobriu com pessoas próximas aos dois parlamentares que houve algumas condições para que Wellington ganhasse a legenda.
A principal delas, segundo apurou o blog, é que Wellington mantenha os adversários de Braide sob constante ataque, tanto na Assembleia Legislativa quanto na campanha propriamente dita.
O objetivo tucano é impedir o crescimento dos adversários que possam ameaçar uma vitória do seu verdadeiro candidato, o deputado federal Eduardo Braide (Podemos).
Desde o encontro com o senador, Wellington mudou o foco do seu discurso na Assembleia – que era eminentemente de críticas ao governo Flávio Dino (PCdoB) – e passou a mirar na eleição, trazendo o debate eleitoral que ele próprio havia negligenciado desde o ano passado.
O alvo da hora é o também deputado estadual Duarte Júnior (PRB), principal candidato da base do governo Flávio Dino – e, por enquanto, o único que pode ameaçar levar a eleição para um segundo turno.
Mas, para além de Braide ou do PSDB, Wellington já percebeu que pode servir a qualquer propósito, não apenas da oposição, mas até de setores do governo que têm interesses no processo; e sugere que fará o papel de Fábio Câmara em 2016, atuando como franco-atirador de quem tiver algo a oferecer. (Entenda aqui)
Afogado em dívidas e cobrado por agiotas, o parlamentar tenta recuperar o fôlego para tentar sobreviver às próximas eleições estaduais.
A postura alaranjada do deputado do PSDB ganha cores mais luminosas a cada dia, mas recebe a colaboração também de membros da própria base dinista.
Sinal de que, nesta campanha, haverá laranjas de ambos os lados, numa verdadeira dobradinha ton sur ton.
Mas esta é uma outra história…
Fico surpreso em te ver a serviço de Duarte, mas te admiro em ter lado definido, afinal todos tem, mas a maioria esconde ou não tem coragem de mostrar.
Não concordo, imagine que você foi achincalhado em 2018, sabia quem fez mas não podia provar. Agora a PF comprava que partiu de assessores de Duarte Jr, quer para ele ficar calado? Apanhar novamente em 2020?
Acho que seria de bom tom a imprensa comprar esse combate aos fake News, rever os contratos de divulgação que vocês tem.