Presidente recuou da ideia de tirar a pasta da Segurança do Ministério da Justiça, após ameaça pública do ministro de que deixaria o governo se isso ocorresse; governo mostra-se incomodado com a força do ex-juiz
O presidente Jair Bolsonaro mostrou-se absolutamente refém da vontade do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao recuar na decisão de tirar a pasta da Segurança Pública do Ministério da Justiça.
No início da semana, Bolsonaro havia admitido a possibilidade de criar outro ministério para cuidar especificamente da Segurança Pública, quebrando a promessa dada a Moro de um superministério para as duas áreas.
Moro ameaçou publicam,ente deixar o governo se a separação ocorresse; nesta sexta-feira, Bolsonaro recuou e anunciou que não iria separar.
Há um incômodo claro no núcleo do governo mais próximo de Bolsonaro com a popularidade crescente de Sérgio moro na opinião pública.
Analistas apontaram que a divisão do ministério seria uma tentativa de Bolsonaro de esvaziar Moro, o que não deu certo.
Com o recuo, Bolsonaro acabou por tornar-se refém da vontade o ministro da Justiça.
Que ganha poderes quase absolutos no governo…
Foi o melhor aliado na eleição de Bolsonaro, afinal tirou do jogo o melhor jogador do adversário.
Vale a máxima: nunca nomeie alguém que você não possa demitir. Bolsonaro não pode demitir Moro nem enfraquecê-lo, senão será ele que ficará enfraquecido. A saída? Mande Moro pro STF e mate dois coelhos com uma só paulada: tira um possível adversário poderoso da jogada e ganhe a simpatia dos moristas.
Bolsonaro com Moro de vice em 2022 é o maior temor da esquerda
Chapa imbatível
Não vai da pra ninguem