Governador quer o prefeito de São Luís coordenando a campanha do candidato do PCdoB, Rubens Pereira Júnior, o que pode levar o senador a abrir mão da aliança com o DEM para evitar a evidência de racha na base governista
O governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou 2020 com uma série de ações para reforçar o absoluto comando de sua base política no Maranhão.
Entre essas ações, duas marcaram posição diretamente relacionadas à sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT):
1 – ele declarou que caberá ao próprio prefeito a coordenação da campanha do candidato governista em São Luís;
2 – Dino declarou que o vice-governador Carlos Brandão é o candidato natural à sua sucessão, embora – e “infelizmente”, segundo o próprio comunista – existam outras opções.
Com os gestos públicos, o governador prestigiou o prefeito e emparedou o senador Weverton Rocha (PDT), que vinha se movimentando intensamente como candidato em 2022.
Já se sabe agora que o candidato governista de Flávio Dino é o secretário de Cidades Rubens Pereira Júnior (PCdoB); é, portanto, a campanha dele que Dino quer que Edivaldo comande.
E o caminho de Edivaldo estará intrinsecamente ligada ao caminho de Weverton Rocha.
Se o senador decidir-se pela aliança em torno de outro candidato que não seja Rubens Júnior, estará em palanque distante do prefeito que ele atraiu para o PDT exatamente em busca de ascensão política no estado.
Se, por outro lado, Weverton seguir o caminho de Edivaldo, fechando aliança em torno de Rubens Júnior, estará dizendo ao público que acatou a articulação eleitoral de Flávio Dino, tanto para 2020 quanto para 2022.
O caminho de Edivaldo Júnior em 2020, portanto, muito dirá sobre o caminho de Weverton Rocha em 2022.
E a julgar pela ida do senador ao Palácio dos Leões, logo após as declarações de Dino sobre o prefeito e sobre o seu vice, parece que os caminhos já se cruzaram.
É aguardar e conferir…