Horas depois do editorial deste blog, o deputado federal filho do presidente diz que pode ser decretado um novo AI-5 no pais, “se a esquerda insistir em radicalizar” o debate; declaração é, por si só, uma ameaça ao país
O blog Marco Aurélio D’Eça trouxe na abertura dos trabalhos desta quinta-feira, 31, o Editorial “Riscos de golpe cada vez mais acentuados no BrasiL…”.
O texto fazia uma avaliação das últimas declarações de aliados de Jair Bolsonaro (PSL) e dos ataques do próprio presidente às instituições e à imprensa livre; e mais uma vez alertava para o perigo de uma ditadura militar.
Poucas horas depois, em entrevista à jornalista Lêda Nagle, na internet, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, defendeu abertamente a instituição de um decreto nos moldes do Ato Institucional número 5, que implantou definitivamente a ditadura no Brasil, em 1968.
– Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada – afirmou o parlamentar.
Baixado em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5 foi o mais duro golpe à democracia brasileira durante a ditadura militar. Instituído no governo do general Costa e Silva, o AI-5 deu poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados. (Entenda aqui)
O filho de Bolsonaro expressa um sentimento que vigora no núcleo mais duro do governo do pai, é defendido abertamente pelos seus ideólogos, como o “filósofo” Olavo de Carvalho e tem adeptos nos quartéis.
Desde o início do golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013, o blog Marco Aurélio D’Eça vem alertando a sociedade para os riscos que é ter militares no comando do país, sobretudo em clima de tensão provocado pela incompetência de quem foi eleito.
Este alerta pode ser visto nos seguintes posts:
A construção de um golpe de estado…
Num regime sob a égide de um AI-5, qualquer um que seja considerado “inimigo do presidente” pode ser levado aos porões dos quartéis, desaparecer ou, simplesmente ser exilado do país.
A convocação de uma greve ou um protesto contra o governo, por exemplo, pode ser considerado ato de terror e os líderes serem chamados às falas.
Foi assim no Brasil a partir de 1968; pode voltar a ser assim, nas palavras do próprio Eduardo Bolsonaro
O mais grave é que há, na população comum do Brasil, quem apoie absurdos como este.
Que se preparem os que lutam pela democracia…
Tu estas com medo? Os que foram perseguidos em 68 hoje estao presos foram extripados do poder por corrupcao. Ou seja, os militares eatavam certo. E nao e golpe de estado, e estado de excecao para barrar abusos da esquerda que nao se conformam em ter perdido a boquinha e quer ver o pais pegando fogo. E que mandem todos para cuba e venezuela.
Resp.: Estou com medo sim!
Estou com medo de não poder me movimentar em meu pais;
Com medo de não poder sequer expressar meu pensamento.
Com medo do que possam fazer comigo, com minha família.
Com medo de que amigos sejam desaparecidos.
E sabe porque o medo? Porque jamais vou bater continência pra os ditadores; jamais vou orientar minhas filhas a baixar a cabeça e obedecer ditadores.
Se você está dispêto a fazer isso, comemore; você será só mais um na história a tentar dizer que não houve ditadura no Brasil.
Não houve mesmo, mas apenas para quem aceitou as atrocidades sem reclamar, fazendo ordem unida e seguindo o rebanho.
Fique à vontade para bater continência.
Eu, não!
mas idolatrar lula e os ladrões do pt assim como os facínoras do pc do b tu queres e podes. Qual é o pior? Defender patologicamente o pt e seus assassinos e que f* o país ou um estado de exceção? Veja bem as orientações que tu estás dando para tuas filhas, enaltecer a corja que além de destruir um país, defende ideias que não funcionam em nenhum lugar do mundo e, que na primeira oportunidade, movimentaram o maior esquema de corrupção do mundo não uma boa orientação de um pai.
Houve ditadura sim e foi muito bem aplicada. Evitou esta coirja ter tomado o poder antes. Ou tu querias que tuas filhas estivessem fugindo a nado do brasil para os EUA, como os cubanos fazem (muito longe). Ou sendo barradas em muros por causa de políticas esquerdistas fracassadas da américa latina?