Máfia da venda e aluguel de boxes dificulta reforma de feiras em São Luís

Esquema controlado há anos por feirantes e agiotas impede as obras da Prefeitura de São Luís por quem não quer perder o controle irregular das barracas. No João Paulo, a reforma foi cancelada; na Cohab, resultou na morte do administrador do mercado

 

O ADMINISTRADOR DIMAS FOI EXECUTADO POR FEIRANTE QUE NÃO ACEITAVA PERDER O ESQUEMA no Mercado da Cohab

A morte do administrador da Feira da Cohab, Dimas Garcia de Araújo, na manhã desta quinta-feira, 17, expõe um esquema histórico nas feiras e mercado de São Luís; o controle irregular de boxes,  bancas e barracas por feirantes e agiotas.

Pelas regras de comodato da Secretaria de Abastecimento, cada feirante tem direito a um ponto de venda, mas, na prática, há um verdadeiro esquema milionário de vendas e locação desses pontos.

Dimas morreu porque, após a reforma da Feira da Cohab – que está sendo iniciada pela prefeitura de São Luís – cada feirante ficaria com duas bancas. O assassino – que sequer trabalha na feira – controlava quatro pontos e não aceitava perder este esquema.

NA FEIRA DO JOÃO PAULO, BARRACAS E BOXES SÃO USADOS PARA ALUGUEL COM COBRANÇA DIÁRIA pela máfia dos boxes

A máfia controla todas as feiras.

No João Paulo, a ampla obra de reforma teve que ser cancelada pela prefeitura por que ops ‘donos de boxes” não aceitavam perder o controle dos pontos de aluguel.

No mercado, o maior de São Luís, há “feirante” que controla até 10 pontos – e cobram alugueis diários.

O resultado é uma feira desorganizada, imunda e sem infraestrutura.

Mas controlada pela máfia dos boxes…

Marco Aurélio D'Eça