Hospital recebe recursos de diversos setores da economia, além das emendas parlamentares e dos recursos do SUS repassados por Governo do Estado e Prefeitura de São Luís; cobrança agora é por prestação de contas da Fundação Jorge Dino
O blog Marco Aurélio D’Eça publicou nesta terça-feira, 8, uma série de posts que apontam para a distribuição de recursos públicos por vários deputados – federais e estaduais – ao Hospital Aldenora Belo. (Relembre aqui)
Mas, além destes recursos públicos – e das doações de equipamentos e serviços articulados pela classe política – há doações de empresas privadas ao hospital.
A Fundação Antonio Jorge Dino recebe recursos da McDonalds, dos Supermercados Mateus e da Maracap, empresas de porte no Maranhão.
Além disso, mantém uma campanha permanecente de ligações com pedidos de doações via telefone, que gera receitas permanentes – ainda que baixas – para manutenção do hospital.
A Fundação Jorge Dino reclama nos bastidores que o governo não repasa os recursos que deveria repasar, inclusive do SUS.
O problema: não há prestação de contas do que entra e do que sai na Fundação – inclusive salários e pagamentos a diretores e funcionários.
E o mais prejudicado é o paciente de câncer no Maranhão…
Senhore(as):
Penso que, de uma maneira geral, a questão do Aldenora Belo tem sido colocada de forma equivocada. A rigor, recursos não destinados ao hospital, mas à fundação que o administra. Não é de hoje que a falta de transparência – para usar uma palavra que está na moda – quanto à administrção desses recursos tem impedido um acompanhamento e uma avaliação adequadas quanto ao seu uso. Aparentemente, pelos números divulgados, os recursos, se todos chegassem ao hospital, seriam suficientes para o seu pleno financiamento. Por tratar-se, em grande medida, de recursos públicos, impõe-se conhecer seu uso. Sendo assim, seria mais produtivo e, com certeza, mais útil aos seus usuários, verificar essa relação fundação/hospital sob o ponto de vista da administtração desses recursos. Lembremo-nos: não é de hoje que são levantados questionamentos sobre essa gerência. Em algum momento do passado, esses questionamentos adquiriram ares de escândalos e resultaram em troca de acusações públicas, jamais investigadas. Talvez a hora tenha chegado.
O hospital presta um bom serviço, mas deve prestar contas dos recursos que recebe, os públicos e privados.
Há algo de errado: qualquer ente privado que receba recursos públicos deve prestar contas dos valores recebidos.