O senador Weverton (PDT-MA) afirmou nesta sexta-feira (20) que os partidos da oposição irão trabalhar por uma reforma da Previdência justa com os trabalhadores. O parlamentar disse que, na próxima semana, irá conversar com os líderes partidários para definir a melhor estratégia para manter direitos adquiridos e garantir que as mudanças no sistema previdenciário não prejudiquem a vida dos trabalhadores brasileiros.
“Nós iremos sentar já no início da semana que vem. Como acordado com a Mesa Diretora e o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), iremos enfrentar este tema na próxima terça-feira (24) no Plenário do Senado Federal. Lá, eles trarão os argumentos deles, discutirão o mérito no Plenário e nós também apresentaremos e resistiremos o máximo possível para que a gente derrote esta proposta que tira direito dos trabalhadores e tira também dinheiro de circulação a pretexto de se fazer uma economia a médio prazo, nos próximos 10 anos, justamente atacando o trabalhador brasileiro”, explicou Weverton.
O senador apresentou 19 emendas de Plenário à reforma da Previdência (PEC 6/2019) e disse que não concorda com a rejeição das propostas sem um amplo debate sobre o tema.
“Temos muitas emendas para discutir, temos muito pontos relevantes para levar a luz para sociedade e esperamos fazer um bom combate na próxima terça”.
Todos nós sabemos que o país precisa de uma reforma. Porém, é fundamental que haja cortes nos privilégios como o governo disse que iria fazer. Infelizmente, não é isso que vejo. A corda está arrebentando para o lado mais fraco”, ressaltou o parlamentar.
Weverton quer garantir que os trabalhadores não sejam prejudicados. Para isso, apresentou propostas como, por exemplo, a que determina que as pessoas que trabalham na zona rural possam se aposentar pelo Regime Geral da Previdência depois de 15 anos de contribuição.
“Sei que o Brasil passa por uma grave crise econômica e defendo reformas que visem o reequilíbrio dos gastos e despesas públicas. Entretanto, é importante não erradicar conquistas sociais e violar direitos das camadas menos favorecidas da população”, enfatizou.
Para o senador, quem ganha mais, deve contribuir com mais. Por isso, uma das emendas apresentadas por ele propõe que as instituições financeiras sejam responsáveis por maiores contribuições.
“Mesmo com a crise econômica, os bancos continuam mantendo altos lucros. O aumento da contribuição por parte dessas instituições é plenamente necessário, já que mantêm crescimento constante em suas atividades”, disse.
Outra preocupação do senador é com os trabalhadores em exposição constante a agentes de riscos para a saúde como ruído elevado, substâncias químicas ou materiais infecciosos. O parlamentar acredita que essas pessoas devem ter aposentadoria especial.
“Apresentei uma proposta justamente para garantir parte das conquistas sociais dos Trabalhadores em Atividade Especial Prejudicial à Saúde”.
Eles já estão sendo gravemente penalizados ao serem jogados a uma nova e penosa regra que aumenta de forma draconiana o tempo de contribuição, chegando a exigir, no final da transição, que um trabalhador de minas, por exemplo, com exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, tenha que esperar a idade de 66 anos e 15 de contribuição para se aposentar. Isso não pode acontecer”, explicou o parlamentar.
A proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência deve ser votada em primeiro turno na semana que vem.
Esse ai, se afundou com historia de financiamento público de campanha. Ninguém vai mas esquecer isso.