Negócio entre o governo Flávio Dino e o desembargador Jamil Gedeon eleva para além do institucional a relação entre membros graduados do Executivo e do Judiciário
Editorial
Vai para além do institucional a relação comercial estabelecida pelo desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto com o governo Flávio Dino (PCdoB).
Desde maio, o governo comunista mantém contrato que gira em torno de R$ 745 mil pelo aluguel de um imóvel de propriedade do membro do Judiciário.
Ainda que nada tenha de irregular ou ilegal no caso, a relação comercial entre um governo e um membro do Judiciário – que sistematicamente precisa julgar ações relacionadas a este mesmo governo – deveria ser repensada.
Mesmo porque, segundo o blog Aual7, o aluguel parece se desenrolar nos mesmos moldes de outro, que ficou conhecido por aluguel camarada – em que parcelas foram antecipadas meses antes de o inquilino usar efetivamente o imóvel. (Releia aqui, aqui e aqui)
Aliás, o caso do aluguel camarada está em análise no mesmo TJ do qual faz parte Jamil Gedeon. O desembargador se declarará suspeito em julgamento de ações que tenham o governo Flávio Dino como parte?
Mas não é a primeira vez que o governo comunista envolve-se em relação de negócios com membros do Judiciário.
Em 2017, explodiu o escândalo do aluguel de uma clínica pertencente à família do desembargador Jaime Ferreira de Araújo, cujo governo pagou também sem usar. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)
Por todas estas nuances, soa como imprudência ou deboche a assinatura de novo contrato, nos mesmos moldes dos já escandalizados.
Mais uma questão para o Conselho nacional de Justiça apurar…
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Denunciados por corrupção, alugueis camaradas devem ser anulados…
O valor é uma vergonha e um assalto aos cofres públicos. Agora,alugar um imóvel no olho d`agua de difícil acesso a coletivos e um local considerado de alto padrão,mostra como o governador é competente e deixa esses metidos magistrados sem moral alguma nos seus devidos lugares,debaixo do seu sapato. Tem gente no Maranhão que come ovo e arrota caviar.
Por essas e por outras que está tudo dominado na república do Maranhão. Judiciário e legislativo de joelhos e comendo na mão do governador. O Judiciário (o TJ propriamente dito), a começar pelo presidente, está submisso ao Executivo. O governo do estado consegue reverter tudo no TJMA, que o diga os 21,7% dos servidores públicos, decido em última instância (STF), mas o tribunal resolveu acolher uma ação rescisória sem os pressupostos de cabimento. Se Jamil e uma noites vai se declarar suspeito nas ações envolvendo o estado do MA? NUNCA!
Não sei como assalariado pode ter um património grande.